Deixar GM quebrar seria devastador, diz Obama
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que "um colapso da GM teria sido devastador e gerado a perda de um sem-número de empregos" para a economia americana
A General Motors entrou com um pedido de concordata nesta segunda-feira (1), segundo o capítulo 11 da Lei de Falências americana. De acordo com esse capítulo, a montadora continua funcionando normalmente, mas ganha um período de proteção contra credores para se reestruturar.
Segundo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, essa operação de concordata – que deve resultar no surgimento de uma “nova” GM – apenas poderia ter sido realizada “com uma soma substancial de dinheiro, que só o governo poderia providenciar”. Ele confirmou que o governo investirá cerca de US$ 30 bilhões na GM e que deterá 60% do controle da companhia.
De acordo com o presidente americano, “quando essa administração tomou posse, o futuro da GM era incerto. Não estava claro nem mesmo se ela teria um futuro”. O plano de concordata controlada “é viável e garante que a empresa possa seguir em frente”, afirmou.
Confirmação
Mais acedo, em comunicado oficial, a General Motors confirmou que pediu concordata. “Hoje, é um novo começo para a General Motors”, afirma o documento oficial. “Um processo de transferência de ativos vai permitir que a Nova GM apareça como uma companhia mais forte, mais saudável e mais focada”, completa.
Na nota, o conselho da empresa diz que há “transformação vai maximizar o valor da companhia e o retorno dos muitos acionistas que estão envolvidos com a GM ao longo dos anos”.
O pedido foi feito no tribunal de falências do distrito sul de Nova York, segundo um documento divulgado no site do tribunal. A montadora tinha dívidas no valor de US$ 172,8 bilhões, segundo informação publicada no site do jornal New York Times.
O tribunal é o mesmo que recebeu o pedido de concordata da Chrysler em 30 de abril. O juiz encarregado do caso, Arthur Gonzalez, emitiu o parecer favorável ao pedido da GM na madrugada de domingo para segunda-feira.
O plano da GM prevê um rápido processo de venda que permitirá que uma GM muito menor saia da recuperação judicial dentro de 60 a 90 dias.
“Nós queremos uma saída rápida e limpa (da concordata) assim que as condições permitirem”, afirmou o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, a estudantes na Peking University, em Pequim. “Nós estamos muito otimistas de que essas companhias deixarão a concordata sem mais assistência do governo.”
Do Último Segundo