Depoentes não comparecem à CPI da Covid em sessão sobre empresa suspeita contratada pelo governo
Ontem, a CPI da Covid deveria ter ouvir o motoboy Ivanildo Gonçalves e a diretora executiva da VTCLog, operadora logística de fármacos contratada pelo Ministério da Saúde, Andréia Lima, mas ambos não compareceram ao Senado.
Ivanildo obteve habeas corpus do ministro Kassio Nunes, do STF (Supremo Tribunal Federal), para se ausentar. Já a diretora argumentou “problemas na agenda”.
O presidente da Comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), reforçou que o motoboy da VTCLog é testemunha e não investigado, e que irá recorrer da decisão do STF. O trabalhador é citado várias vezes num relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) e teria sacado, em diversos momentos, o montante de R$ 4,7 milhões, sendo a maioria em espécie e na boca do caixa.
VTCLog e Roberto Dias
A CPI suspeita de um dos contratos entre o ministério e a VTCLog, em que Roberto Ferreira Dias, diretor de logística da pasta, aceitou pagar 18 vezes o valor que havia sido recomendado por técnicos do próprio ministério.
O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), disse que a comissão recebeu a informação de que era Ivanildo que pagava boletos de dívidas de Roberto Ferreira Dias e disse que há imagens que comprovam a narrativa.
Advogada da família Bolsonaro
A CPI aprovou a convocação da advogada da família Bolsonaro, Karina Kufa. O nome dela surgiu após a quebra de sigilo do lobista Marconny Faria, e pode estar ligado ao caso da FIB Bank – que concedeu crédito à Precisa Medicamentos.
Com informações da Rede Brasil Atual.