Deputados e senadores instalam Frente em Defesa da Petrobras no Congresso
A Frente foi instalada para atuar por tempo indeterminado e pretende promover a defesa da Petrobras como questão estratégica de soberania nacional
Por iniciativa dos deputados Luiz Alberto (PT-BA) e Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), mais de 300 parlamentares formalizaram na quarta-feira (17) a criação da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Petrobras. Integram a frente como vice-presidentes, pelo PT, o próprio deputado Luiz Alberto, e os deputados Eduardo Valverde (PT-RO); Fernando Ferro (PT-PE); e Fernando Marroni (PT-RS).
A Frente foi instalada para atuar por tempo indeterminado e pretende promover a defesa da Petrobras como questão estratégica de soberania nacional; realizar debates para o desenvolvimento de tecnologias competitivas para a produção de combustíveis fósseis e de etanol em bases sustentáveis; e aperfeiçoar a legislação atual no setor e produção de energia, além de fazer debate sobre o desenvolvimento do pólo pré-Sal.
O deputado Luiz Alberto afirmou que a sociedade está percebendo que, nesse momento, há setores conservadores no país que pretendem prejudicar a estatal. “Há setores conservadores e antinacionais que não conseguiram o intento de privatizar a Petrobras e agora, com a descoberta do pré-sal, atuam com nova ofensiva para garantir que seus compromissos com multinacionais sejam garantidos”, disse.
Segundo ele, a intenção seria manter a Petrobras em uma situação de fragilidade, iniciada a partir da lei do petróleo instituída em 1997. “Querem impedir um novo marco regulatório para o setor, mas há uma reação popular e do Congresso Nacional”, disse.
A Frente Parlamentar, afirmaram os parlamentares, tem o papel de estabelecer um contraponto para garantir que o estado brasileiro tenha o controle da riqueza do pré-Sal.
“É uma frente para preservação do petróleo e de blindagem aos ataques que a Petrobras vem sofrendo por ser uma empresa estratégica. Um país soberano precisa ter uma empresa pública”,defendeu a deputada Iriny Lopes (PR-ES), integrante da frente.
Segundo o deputado Luiz Alberto, a frente terá duração indeterminada e será necessária enquanto permanecer na pauta a discussão sobre a Petrobras. “A frente vai atuar até que se estabeleça um novo marco regulatório e que o direito brasileiro ao petróleo prevaleça”, afirmou o deputado Luiz Alberto.
Da Agência Informe