Desafio da reindustrialização

Ontem, 25 de maio, foi o Dia Nacional da Indústria. O processo de industrialização ganhou impulso no Brasil a partir de 1930.

Foto: Adonis Guerra

A grande crise econômica de 1929 mostrou a vulnerabilidade econômica dos países que dependiam apenas de produtos primários como base da sua economia. Iniciou-se então, com Getúlio Vargas, um processo de estímulo à indústria nacional, chamado de “substituição de importações”.

O Brasil era um país predominantemente rural, com altas taxas de analfabetismo e baixo índice de assalariamento e formalização do trabalho. A estruturação de um mercado de trabalho assalariado e formal foi uma das iniciativas importantes com a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), em 1943, e a criação do Senai (Serviço Nacional da Indústria), em 1942.

De 1930 a 1980, o Brasil foi um dos três países que mais cresceram no mundo, a uma taxa média de 7% ao ano, num período de 50 anos. Apesar da persistência da desigualdade social, a industrialização brasileira, impulsionada pelas lutas dos trabalhadores, foi fundamental para que houvesse uma mobilidade social interna muito importante, além da constituição de uma rede de proteção social e um mercado de trabalho formal em nosso país.

Atualmente vivemos um processo desindustrialização, que também acarretou retrocessos sociais, que precisam ser revertidos, pois quanto mais industrializado um país, mais possibilidades ele tem de diminuir a desigualdade social e criar empregos de qualidade e melhor remunerados, além de estimular a pesquisa e a inovação tecnológica e diminuir a dependência em relação aos países avançados. Os metalúrgicos do ABC têm lutado de forma incansável pela reindustrialização do país em bases sustentáveis com proteção social, trabalho decente e respeito ao meio ambiente.

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Departamento de Formação