Desafios atuais da educação
Muito se fala sobre a falta de qualidade da escola pública no Brasil. Os indicadores que o comprovam são vários. Basta lembrar um deles: apenas 5% dos formandos na rede pública dominam, apropriadamente, a língua portuguesa. Por outro lado, são várias as iniciativas do governo federal, dos estados e municípios no sentido de melhorar o ensino. Existem também inúmeras experiências localizadas que mostram que este quadro pode ser alterado. No entanto, não podemos ainda falar de uma política que dê conta de resolver satisfatoriamente a questão educacional brasileira. Com certeza, este será um dos principais desafios do governo Lula num possível segundo mandato.
Há problemas estruturais na educação a serem saneados. Muitas escolas não dispõem ainda de equipamentos básicos, como salas de aula apropriadas. No entanto, elas precisam desses recursos e de outros num momento em que a inclusão digital se torna, cada vez mais, condição de inserção no mundo contemporâneo.
Professores têm uma formação deficiente, trabalham em condições precárias, recebem baixos salários, precisando de dois ou três empregos para obterem uma renda razoável. O investimento do poder local ou estadual na qualificação desses profissionais, quando existe, alcança perifericamente o problema.
Participação
A gestão das escolas continua sendo feita de forma privada, em que pesem as iniciativas de abri-las ao acompanhamento da comunidade. Experiências virtuosas mostram que a iniciativa de setores da sociedade pode dotar as escolas de recursos de gestão democrática e de instrumentos de avaliação de desempenho sem os quais seus velhos problemas nunca serão resolvidos.
Nos anos 70, a Coréia do Sul enfrentava problemas semelhantes aos nossos. Hoje, o sistema educacional do país é um exemplo para o mundo. Países latino-americanos, como o Chile, também enfrentaram com eficácia a questão educacional. Quando o Brasil vai fazer a lição de casa?
Departamento de Formação