Desafios dos biocombustíveis

De herói a vilão

Em poucos meses os biocombustíveis
brasileiros perderam
o glamour nos países
da Europa e passaram a ser
tratados como os vilões da escassez
dos alimentos em várias
partes do mundo e da
inflação que abala suas seculares
economias. Por trás
dessa mentira globalizada há
interesses de grandes grupos
europeus em manter a colonização
na América Latina,
não mais com jesuítas, bandeirantes
e piratas, mas com
empresas e investidores interessados
na alta rentabilidade
e no baixo custo de seus investimentos.

Agricultura é pujante

Ainda que algumas questões
ambientais mereçam
atenção, o Brasil dobrou a
produção agropecuária, ao
mesmo tempo em que triplicou
a produção de cana,
destinando apenas a metade
dessa produção ao etanol e a
outra metade ao açúcar.

Vale ressaltar que uma
política de forte produção
açucareira no Brasil pode representar
a possibilidade de
países europeus destinarem
as terras que usam hoje no
plantio da beterraba para a
produção de alimentos.

O açúcar e o etanol extraídos
da beterraba, se não fossem
os subsídios, não seriam
competitivos com os nossos. Da
mesma forma somos o maior
produtor mundial de carne bovina
e nosso gado é saudável
e de alto valor nutritivo, mas,
enfrenta todo tipo de restrição
para não competir com rebanhos
europeus, principalmente
do Reino Unido.

Sem agressão

Podemos dobrar ou triplicar
toda nossa produção
agropecuária apenas tornando
aproveitáveis as áreas degradadas
por anos de plantios
e pastoreios com manejos
ultrapassados. Rapidamente
podemos tornar férteis nada
menos que 54 milhões de
hectares, que hoje são improdutivos.
Isso, sem precisar invadir
um metro sequer das
nossas reservas florestais, dos
nossos parques, do pantanal
e da Amazônia.

O desmatamento da
Amazônia, na verdade, é
muito mais um problema
fundiário e de extração ilegal
de madeira, que uma necessidade
de expansão da nossa
fronteira agrícola. É muito
mais um caso de polícia que
uma questão do agronegócio.
Portanto, não venham os europeus
e suas ongs com pseudo
ambientalismo.

Nossa política agrícola
deslanchou no governo Lula
e o etanol já é nossa segunda
fonte energética.

Preservação ambiental
é algo que no Brasil pode se
somar ao desenvolvimento
e é isso o que o governo tem
defendido como desenvolvimento
sustentável.

Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente