Descanso é saúde

O adoecimento no trabalho é um problema histórico, que remonta aos princípios da humanidade e diz respeito a uma quantidade inesgotável de atividades. Em resumo, podemos dizer que qualquer atividade humana pode provocar o adoecimento, dependendo das variáveis do fazer, como, o quanto se faz, por quanto tempo, como, onde, com quem, com que e em quanto tempo se faz.

Há ainda outro fator a ser considerado que não está ligado diretamente ao trabalho, mas que é interdependente dele. Estamos falando do tempo que dispomos para descansar, e aí se entenda o tempo que temos para nos recuperar do cansaço que acumulamos a cada jornada no trabalho.

Descanso é importante

O descanso é decisivo para a preservação da saúde, e aí não há limites. Em um processo de trabalho bem planejado devem estar previstos micro intervalos de descanso entre uma operação e outra que nos permita alterar posturas, relaxar grupos musculares, respirar profundamente. Por menores que sejam, esses micro descansos melhoram a chegada de sangue e nutrientes nas partes do corpo mais exigidas e a retirada das substâncias resultantes do metabolismo.

O descanso após a jornada completa ajuda, inclusive, na recuperação de pequenas lesões iniciais. Quanto mais oportunidades de pequenos descansos durante a jornada, maior a recuperação durante o período de descanso fora do trabalho.

Sem pausas

O trabalho nas novas condições de produção, onde existe um acúmulo de atividades e operações ocupando o tempo todo do trabalhador durante a jornada, tira qualquer possibilidade de micro descansos. Para compensar, muitas empresas implantam erradamente os rodízios com as mesmas características de exigências que não permitem esses instantes de descanso, e ainda exigem uma concentração mental maior durante toda a jornada.

Como uma bomba relógio, a falta de férias, as horas extras e o trabalho nas folgas semanais destroem a pouca chance de uma vida saudável.

Precisamos escolher se queremos morrer de trabalhar ou se queremos trabalhar para viver.