Desejo por elétrico nos EUA despenca

Índice de Consumidor de Mobilidade da EY mostrou que a procura por carros elétricos caiu 14 pontos percentuais

O fascínio dos norte-americanos pelos veículos elétricos parece estar se esvaindo. De acordo com o Índice de Consumidor de Mobilidade da EY, o desejo de compra de um desses modelos caiu 14 pontos percentuais em relação ao ano passado. A pesquisa, que foi feita com cerca de 1,5 mil entrevistados, mostrou que 34% dos que planejam comprar um veículo novo nos próximos dois anos pretendiam comprar um elétrico, queda em relação aos 48% do ano passado.

Uma das razões que impedem os compradores de adquirirem veículos elétricos nos EUA, segundo o levantando, está nos altos custos de substituição de baterias e o difícil acesso aos carregadores públicos. “Continuamos ouvindo sobre essa demanda estagnada por elétricos “, disse Steve Patton, da EY Americas. “Esse sentimento de resfriamento do consumidor foi refletido de uma forma muito maior do que nós provavelmente esperávamos”.

A pesquisa da EY dá suporte à crescente preocupação da indústria sobre a velocidade da transição para a eletromobilidade. Os preços dos elétricos continuam altos em comparação com os equivalentes a gasolina e a infraestrutura de carregamento público geralmente não é confiável. Tudo isso desacelerou a taxa de crescimento das vendas de veículos elétricos, e as montadoras atrasaram lançamentos de modelos e planos de produção. A pesquisa, no entanto, dá algum alento para a indústria automotiva.

A parcela de norte-americanos preocupados com a autonomia limitada dos elétricos caiu de 30% para 24%. Segundo o levantamento, a parcela de compradores apreensivos sobre o acesso a estações de recarga caiu de 34% para 23%.” Em relação às baterias, porém, a indústria enfrenta uma nova preocupação dos consumidores sobre os elétricos: os custos para substituição. “O consumidor precisa ser educado. Essas baterias estão provando ter ciclos de vida de 12, 15 anos, e a maioria de nós não fica com um veículo por 12 ou 15 anos”, ponderou Patton.

Do Automotive Business