Desemprego atinge a menor taxa para meses de janeiro desde 1998
A pesquisa mostra que houve melhora nas condições de trabalho no setor privado, com aumento das contratações com carteira assinada (0,6%) ao mesmo tempo em que caiu 3,7% o emprego sem carteira (informal)
A taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pela Fundação Estadual Sistema de Análise de Dados (Fundação Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatística Socioeconômicos (Dieese) teve um leve acréscimo na virada de dezembro de 2009 para janeiro de 2010, passando de 12,5% para 12,6% da População Economicamente Ativa (PEA). Na comparação com os meses de janeiro, foi a menor taxa desde 1998.
O total de pessoas ativas fora do mercado de trabalho foi de 2,528 milhões ante 2,532 milhões em dezembro. Sobre janeiro do ano passado, houve queda de 3%. O nível de ocupação caiu em 0,8%, com 139 mil vagas a menos.
A redução foi praticamente neutralizada pela saída de 143 mil pessoas do grupo que concorre aos postos. O número de ocupados alcançou 17,5 milhões ou 1,9% menos do que em dezembro e os integrantes da PEA (20,0 milhões) ante 20,2 milhões.
Na comparação com dezembro, aumentou o desemprego em três regiões metropolitanas: Salvador (de 17,0% para 17,7%); Recife (de 17,5% para 17,9%) e Porto Alegre (de 9,4% para 9,7%).
Nas demais regiões pesquisadas, o resultado foi considerado de “relativa de estabilidade” pelos técnicos da Fundação Seade/Dieese. Em Belo Horizonte (de 9,8% para 9,6%); São Paulo (de 11,9% para 11,8%) e o Distrito Federal (14,5% para 14,7%).
Apenas o setor da indústria ampliou o número de vagas (0,8%) , na quarta elevação seguida. Foram criados 20 mil postos de trabalho. No comércio, houve a eliminação de 42 mil; na construção civil (36 mil), em serviços (64 mil) e em outros setores (17 mil).
A pesquisa mostra que houve melhora nas condições de trabalho no setor privado, com aumento das contratações com carteira assinada (0,6%) ao mesmo tempo em que caiu 3,7% o emprego sem carteira (informal). Também houve redução dos trabalhadores autônomos (2,7%) e da atuação de empregados domésticos (3,0%).
A renda média dos trabalhadores aumentou 1,1% no caso dos assalariados, que passaram a ter um ganho mensal de R$ 1.318. Para os ocupados, o rendimento médio subiu 1,2%, com renda média de R$ 1.251.
Agência Brasil