Desemprego cai, mas indústria desacelera

Índice de desemprego atinge um dos menores pontos da história, mas produção da indústria diminui e causa preocupação


Foto: Rossana Lana / SMABC

Dados divulgados por diferentes pesquisas mostram que o desemprego no País continua caindo, só que o ritmo de queda diminuiu.

Isso ficou mais claro no mercado formal de trabalho, onde estão as vagas com carteira assinada e que envolve principalmente a indústria, setor que mais interessa à categoria.

Números anuais da pesquisa Dieese divulgados nesta terça-feira (31/1), registraram taxa média de 10,5% de desemprego em 2011, contra 11,9% em 2010. Já o levantamento do IBGE, cravou 6% de desemprego no ano passado, comparados aos 6,7% de 2010.

Na semana passada, o Ministério do Trabalho divulgou os números do Caged, mostrando que foram criadas 1,9 milhão de vagas formais em 2011, número 25% menor que o de 2010, quando foram criados 2,5 milhões de empregos.

Dieese e IBGE usam métodos parecidos, avaliando amostras da população. Além disso, ambas investigam também o emprego sem carteira assinada, autônomos, trabalhadores familiares sem remuneração e empregados domésticos sem registro.

Já o Caged mede apenas os contratados com carteira de trabalho assinada em todo o País através dos avisos de contratação e demissão encaminhados pelas empresas ao Ministério do Trabalho. Por isso avalia com mais precisão o emprego na indústria.

“O sinal de alerta está ligado na indústria”, afirmou Nelsi Rodrigues, o Morcegão, diretor executivo do Sindicato.

Isso fica claro em outra pesquisa do IBGE, apontando que a produção industrial cresceu somente 0,3% no ano passado, contra 10,5% em 2010.

“Em geral estão em melhores condições os segmentos que são mais protegidos da importação e que se beneficiam do aumento da renda e do consumo interno, além dos que investiram mais em inovação” afirmou André Macedo, gerente da Pesquisa Industrial Mensal do IBGE.

Da Redação