Desemprego é o menor em dez anos com recordes de ocupação com carteira assinada

Índice de 7,5% no trimestre móvel é o menor desde 2014. Taxa de ocupação ganha 2,8 milhões de empregos em um ano e massa de rendimentos cresce 7,9%

Foto: Adonis Guerra

Índice de 7,5% no trimestre móvel é o menor desde 2014. Taxa de ocupação ganha 2,8 milhões de empregos em um ano e massa de rendimentos cresce 7,9%

Apesar da taxa de desemprego no país recuar para 7,5% no trimestre encerrado em abril, com o menor nível de desocupação do país para o período desde 2014 (7,2%), os Metalúrgicos do ABC afirmam que é preciso muito mais. “Precisamos, pelo menos, de mais empregos, do fortalecimento da indústria e uma transição energética justa para que os trabalhadores não sejam punidos”, apontou o presidente do Sindicato, Moisés Selerges.

“Os números mostram que o Brasil está no caminho certo, apesar de todas as dificuldades encontradas porque o compromisso com o país, o projeto da classe trabalhadora, passa pela questão da renda, do emprego”, disse Moisés. Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) divulgados em 29 de abril pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Foto: Adonis Guerra

“A questão da formação profissional também é importante. Todos os programas que o governo federal vem desenvolvendo com os setores da economia têm que ter contrapartidas. Acredito que é uma boa notícia, e vamos continuar cobrando para termos ainda mais empregos em todo o país”, avisou o dirigente.

Segundo a pesquisa, a estabilização da desocupação se deve, principalmente, à redução das perdas do comércio observadas no primeiro trimestre e ao retorno da ocupação no segmento da educação básica pública no ensino fundamental.

Carteira assinada

A PNAD Contínua também mostra que a população ocupada chegou a 100,8 milhões. Mesmo sem variação significativa no trimestre, esse contingente cresceu 2,8% na comparação anual, o que equivale a mais 2,8 milhões de postos de trabalho frente ao mesmo trimestre móvel de 2023.

Com isso, o número de trabalhadores com carteira assinada chegou a 38,188 milhões, um recorde da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. Da mesma forma, o contingente de trabalhadores sem carteira também foi recorde, chegando a 13,5 milhões.

Novo recorde

O rendimento médio real das pessoas ocupadas no trimestre encerrado em abril foi de R$ 3.151, sem variação significativa no trimestre e com alta de 4,7% na comparação anual. Com isso, a massa de rendimentos, que é a soma das remunerações de todos os trabalhadores do país, chegou a R$ 313,1 bilhões, novo recorde da série histórica, mostrando estabilidade no trimestre e subindo 7,9% ante o mesmo período de 2023.

No trimestre encerrado em abril, a massa de rendimento se manteve em patamar elevado, seja porque houve variação positiva da população ocupada em alguns segmentos ou pela manutenção do valor do rendimento médio. Com destaque, nesse trimestre específico, para o aumento do rendimento dos empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada.