Desemprego em 7 regiões sobe para 10,8% em março, diz Seade/Dieese

A taxa de desemprego no conjunto de sete regiões metropolitanas do país subiu para 10,8% em março, ante 10,1% em fevereiro, de acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada hoje pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) em conjunto com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
 
O número de desempregados aumentou em 175 mil, para 2,423 milhões de pessoas em março, ante fevereiro.
 
A região onde o desemprego mais subiu foi a de Salvador, onde a taxa passou de 15,8% em fevereiro para 17,3% em março.
 
Na Região Metropolitana de São Paulo, a taxa de desemprego subiu para 11,1%, ante 10,4% na mesma base de comparação. Ainda assim, de acordo com a pesquisa a alta é sazonal e a taxa de março é a menor para meses de março desde 1991, de acordo com dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego da Fundação Seade e do Dieese.
 
No saldo do mês passado foram fechadas 92 mil vagas nas sete regiões metropolitanas. Entre fevereiro e março a indústria cortou 53 mil vagas e a construção civil reduziu outras 35 mil. O item outros, que inclui serviços domésticos, fechou 47 mil vagas. Na direção contrária, o setor de serviços abriu 23 mil vagas e comércio criou 20 mil.
 
Renda
Em fevereiro, no conjunto das regiões pesquisadas, o rendimento médio real dos ocupados subiu 0,9% ante janeiro, para R$ 1.459. Esse dado é apresentado com um mês de defasagem com relação à taxa de desemprego.
 
Já a massa salarial dos ocupados nas sete regiões cresceu 0,2% na comparação com o mês anterior, enquanto a massa de rendimentos dos assalariados caiu 0,60% ante o mês anterior.
 
O levantamento da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) da Seade/Dieese é realizado nas regiões metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza e no Distrito Federal.

Do Valor Econômico