Desemprego entre jovens no Brasil é o mais alto desde 1991

O relatório “Tendências Globais de Emprego para a Juventude 2017”, divulgado esta semana pela Organização Internacional do Trabalho, a OIT, revela que 30% dos jovens no Brasil estarão desempregados até o final desde ano, índice mais alto desde 1991 e mais que o dobro da média mundial, de 13%. A média brasileira registrase somente no Haiti e na Síria.

Segundo o levantamento, o desemprego atinge 70,9 milhões de pessoas de até 24 anos no mundo, que representam mais de 35% dos desempregados, e a taxa deverá crescer este ano.

A pesquisa também aponta que no mundo todo, três de cada quatro pessoas que ingressam no mercado de trabalho vão para o emprego informal, 76,7%; nos países emergentes a informalidade representa 83%; e que 39% dos trabalhadores jovens nesses locais vivem em pobreza extrema ou moderada.

O diretor executivo responsável pelas Relações do Trabalho do Sindicato, Alexandre Colombo, acredita que esta situação tende a se agravar com as reformas impostas por Temer.

“A situação, que já é desanimadora para quem está trabalhando, se torna ainda mais cruel para os jovens desempregados. É um impacto extremamente negativo em uma época muito importante da vida, um momento de planejar o futuro. Com as mudanças que o governo pretende fazer na Previdência, por exemplo, o jovem sabe que terá poucas chances de se aposentar”, afirmou o dirigente.

“Outro problema é a crescente informalidade e os baixos salários. Como ouvimos aqui na Sede durante o debate após a implementação da reforma Trabalhista, já têm anúncios de vagas de trabalho intermitente a R$ 4,45 a hora em uma jornada de cinco horas no fim de semana. E esse tipo de trabalho atinge principalmente os mais jovens”, completou.

Da redação