Desemprego entre mulheres atinge menor taxa dos anos 2000
O desemprego total entre as mulheres na região metropolitana de São Paulo fechou 2013 com 11,7%, a menor taxa registrada desde o início dos anos 2000. É o que aponta a pesquisa A presença feminina no mercado de trabalho em 2013, feita pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Segundo a pesquisa, em 2012, a taxa de desemprego total entre as mulheres estava em 12,5%, 0,8% a mais que em 2013. Entre os homens, a taxa passou de 9,4% em 2012 para 9,2% em 2013. O bom resultado do ano passado reforça a queda contínua de desemprego desde 2004, tanto entre homens quanto entre mulheres.
A pesquisa também aponta que, entre as mulheres, a retração da taxa de desemprego é motivada principalmente pela estabilidade do nível de ocupação. O setor que mais emprega mulheres é o de Serviços (68,9% das mulheres empregadas), com destaque para as áreas de saúde, educação, serviços sociais e serviços domésticos. O Comércio vem em seguida, responsável por empregar 17,2% das mulheres, seguido de Indústria, com 12,6%, e Construção, com 0,7%.
Mulheres ainda ganham menos
Também merece destaque o aumento nos empregos formalizados entre as mulheres. Foi identificado aumento no número de ocupações mais protegidas pela legislação trabalhista, em especial o assalariado com carteira assinada no setor privado, que registrou aumento de 5,5% em relação a 2012. “Em 2013, pela primeira vez, pouco mais da metade das mulheres (50,3%) passou a ter carteira de trabalho assinada pelo empregador, embora a proporção ainda seja inferior à dos homens na mesma situação (57%)”, ressalta o estudo.
A remuneração das mulheres também teve avanços em 2013, embora ainda se mantenha inferior que a dos homens. O rendimento médio real por hora trabalhada das mulheres teve aumento de 0,8%, enquanto a dos homens diminuiu 1,3%. Em valores, enquanto a hora trabalhada da mulher valeu em 2013, em média, R$ 8,73, a dos homens passou para R$ 11,32.
“Esse desempenho alterou a diferença entre os dois segmentos: em 2012, os valores médios auferidos pelas mulheres correspondiam a 75,5% dos obtidos pelos homens e, em 2013, essa proporção passou para 77,1%”, indica a pesquisa. Ou seja, enquanto o rendimento médio mensal das mulheres equivalia a R$ 1.457,00 em 2013, o dos homens foi de R$ 2.083,00.
Do Observatório Social