Desemprego feminino diminui, mas desigualdades persistem
Companheiras na Marcolar, de Ribeirão Pires, discutem jornal especial sobre o 2º Congresso
A pesquisa Trabalho e Desigualdades de Gênero na Grande São Paulo em 2009, divulgada ontem pelo Dieese, mostrou que a crise econômica mundial afetou mais os homens que as mulheres no mercado de trabalho brasileiro em 2009.
Com isso, a taxa de desemprego feminino diminuiu, porém as desigualdades históricas de renda persistem.
Esse é um dos principais temas do 2° Congresso da Mulher Metalúrgica, que tem como bandeira a construção da igualdade entre homens e mulheres.
“A pesquisa reafirma uma situação que lutamos para transformar há anos”, disse Simone Vieira, coordenadora da Comissão de Mulheres.
“Também reafirma a importância do 2º Congresso e seu principal objetivo, que é fortalecer ainda mais a luta das mulheres na ação sindical como forma de mudar esse estado de coisas”, completou.
Renda
O levantamento apontou que a taxa de desemprego feminino caiu pelo sexto ano consecutivo e passou de 16,5%, em 2008, para 16,2% no ano passado. Entre os homens, houve elevação de 10,7% para 11,6% no período. A redução do desemprego entre as mulheres deve-se à criação de novas vagas em setores que tem presença notadamente feminina, como serviços e trabalho doméstico.
Na questão salarial, embora o rendimento médio das mulheres tenha crescido 3% em 2009, seu salário equivale a apenas 80% do que ganham os homens. Mulheres com nível superior continuam ganhando 30% menos que os homens.