Desemprego no ABC cai para 8,1%
Pesquisa Dieese-Seade vem registrando queda na taxa de desemprego na região desde setembro do ano passado
Alexandre Loloian, da Seade, e Zeíra Camargo, do Dieese, explicam os números da pesquisa.
Foto: Rossana Lana / SMABC
A taxa de desemprego no ABC em dezembro de 2011 foi a menor já registrada nos treze anos em que pesquisa Dieese-Seade é realizada na região.
O índice caiu para 8,1% no último mês do ano passado contra os 8,6% cravados em novembro. Isto significa 115 mil pessoas desempregadas em dezembro, sete mil a menos que no mês anterior.
Os números do ABC são melhores também que os da Grande São Paulo, que teve 9,0% de desemprego em dezembro. Segundo Zeíra Camargo, economista da Subseção Dieese no Sindicato, a quantidade de pessoas que procurou emprego no ABC cresceu no final do ano e, ainda assim, o número de desempregados caiu. Já na Grande São Paulo, a população economicamente ativa diminuiu junto com a taxa de desemprego.
Zeíra alerta que outro dado importante e que mostra a diferença do ABC para outras regiões metropolitanas é o crescimento do emprego na indústria.
“O ABC tem um perfil mais definido que outras regiões econômicas. Além disso, temos o Sindicato e algumas Prefeituras desenvolvendo ações que buscam garantir o emprego e a produção na região”, avaliou a economista.
O Dieese também divulgou a pesquisa com a taxa média anual de desemprego no ABC, que ficou em 9,9% em 2011. Foi a primeira vez na pesquisa que a taxa de 12 meses ficou abaixo dos dois dígitos.
“Voltaremos à era de um dígito, com taxas de juros de um dígito e de desemprego de um dígito”, afirmou, otimista, o coordenador da pesquisa Seade-Dieese, Alexandre Loloian.
Comparando os números do ano passado com o início do governo Lula, em 2003, a taxa média de desemprego caiu de 20,3% para 9,9%, mais que a metade (veja o gráfico abaixo).
*Atualizado em 2/2
Da Redação