Desemprego no Brasil é menor que na Europa
Os dados apontam que, após ter subido, em razão da crise mundial, a taxa de desemprego no Brasil recuou, enquanto na Europa, continua crescendo
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse, na quarta-feira (5), que o Brasil atingiu, pela primeira vez, um nível de desemprego abaixo do registrado na Europa. A afirmação foi feita durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal. Durante a audiência, o ministro apresentou gráficos que mostram a evolução do emprego desde 2002 no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos.
Os dados apontam que, após ter subido, em razão da crise mundial, a taxa de desemprego no Brasil recuou, enquanto na Europa, continua crescendo. No Brasil, o desemprego chegou a 9% em março deste ano e caiu para 8,1% em junho. Na Europa, a taxa era de 9% em março e subiu para 9,4% em junho. Nos Estados Unidos, o índice era de 9,5% em junho, também acima do registrado no Brasil (ver quadro). Segundo o ministro, o nível atual de desemprego no País é mais alto que 2008, antes da crise econômica, mas é menor que o registrado em 2007.
Emprego – Os últimos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados em julho pelo Ministério do trabalho e Emprego, mostram que, no mês anterior, foram criados 119.495 empregos com carteira assinada no Brasil. No primeiro semestre do ano, o saldo positivo foi de 299.506 novos postos de trabalho. O resultado significa o quinto mês consecutivo de expansão do emprego formal no País, que tem 32.292.808 trabalhadores com carteira assinada.
Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, o Brasil está em posição de destaque com relação aos outros países. “Entre todos os países do G-20, o Brasil é o único com saldo positivo de empregos. O poder de compra, alavancado com o bom crescimento do salário médio dos brasileiros ao longo dos últimos anos, é que está promovendo a continuação da produção, que movimenta a economia”, destacou Lupi. O ministro afirma que, no segundo semestre do ano, haverá uma retomada mais intensa no número de contratações.
Do Em Questão