Desemprego no país recua para 11,9% em agosto e São Paulo tem menor taxa desde 1992

Em julho deste ano, taxa havia sido de 12,4% e em agosto do ano passado, de 14,4%. No ABC, taxa ficou em 11,3%

A taxa de desemprego no país ficou em 11,9% em agosto, ante 12,4% no mês anterior, segundo pesquisa realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em sete regiões metropolitanas e divulgada nesta quarta-feira. Em agosto de 2009, a taxa havia sido de 14,4%.

O índice em São Paulo também caiu, passando de 12,6% para 12,3%. Em Belo Horizonte, o desemprego passou de 8,3% para 7,5%.

Em Porto Alegre e no Distrito Federal, as taxas caíram de 8,9% para 8,7% e de 13,7% para 13,4%, respectivamente. Em Fortaleza, o índice foi de 10,2% para 9,2%.

Em Recife, o desemprego caiu de 17,2% para 15,9% e, em Salvador, passou de 16,9% para 16,3%.

O contingente de desempregados nos sete locais analisados foi estimado em 2,625 milhões de pessoas no mês passado, 104 mil a menos do que em julho. Esse número é resultante da criação de 161 mil vagas, aliada à entrada de 57 mil pessoas no mercado de trabalho.

Nesse mesmo comparativo, o nível de ocupação, na média nacional, teve alta de 0,8%. O total de ocupados nas sete regiões pesquisadas foi estimado em 19,438 milhões de pessoas, para uma PEA (População Economicamente Ativa) de 22,062 milhões.

Na divisão por atividade, o nível de ocupação subiu na maioria dos setores: comércio (77 mil), serviços (70 mil), construção civil (11 mil) e agregado de outros setores (18 mil). Já na indústria, houve redução de 15 mil postos.

Grande ABC
Nas sete cidades do Grande ABCD, o desemprego em agosto ficou em 11,3%. O número caiu em relação à julho, quando era registrado 12,1%.

Em comparação ao mesmo mês de 2009, a queda foi ainda maior. Há um ano, foi registrado 13,6% de desemprego na região.

Rendimento
Em julho, o rendimento médio real dos ocupados no país cresceu 1,8%, chegando a R$ 1.289. Já o dos assalariados ficou em R$ 1.340, apresentando elevação de 1,5%.

O rendimento médio dos ocupados aumentou em Salvador (em 2,3%, para R$ 1.105), São Paulo (2,3%, para R$ 1.353), Porto Alegre (1,8%, para R$ 1.323), Distrito Federal (1,3%, para R$ 1.927) e Belo Horizonte (1,2%, para R$ 1.382).

Já em Recife, o rendimento permaneceu relativamente estável (0,2%) em R$ 865. Em Fortaleza, houve ligeiro decréscimo, de 0,5%, para R$ 825.

Da Redação, com Folha de S. Paulo