Desemprego recua em outubro e atinge 4,7%; renda bate recorde

A taxa de desemprego no país em outubro recuou e ficou em 4,7%, divulgou na última quarta (19) o IBGE. A taxa de setembro havia sido de 4,9%. O percentual de outubro é o menor para o mês desde o início da série histórica, em 2002, e também o mais baixo desde dezembro de 2013.

A PME (Pesquisa Mensal do Emprego) abrange seis regiões metropolitanas do país – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre. O IBGE pretende substituir esse indicador pela Pnad Contínua, que abrange 3.500 cidades.

Cada PME divulgada visita 45 mil domicílios. Já na Pnad Contínua, são 211 mil.

O desemprego veio abaixo da expectativa dos analistas. Segundo economistas, o cenário é de pleno emprego.

Na passagem de setembro para outubro, houve abertura de 175 mil novas vagas e o contingente de empregados atingiu 23,2 milhões.

Houve queda no número de pessoas que estavam na fila do emprego, e 41 mil desempregados conseguiram se posicionar no mercado. O volume de desocupados (desempregados que buscam oportunidade) caiu 3,5% na comparação mensal.

Também houve queda na chamada população não economicamente ativa, que são pessoas que não têm emprego, mas também não estão procurando trabalho. No mês, esse contingente foi reduzido em 119 mil pessoas e atingiu 19 milhões.

Embora o resultado seja considerado positivo, especialistas alertam para a redução do emprego formal e para o aumento do número de trabalhadores por conta própria, emprego menos seguro do ponto de vista trabalhista e mais suscetível às mudanças na economia.

Outra questão que acende o sinal amarelo e que é reflexo, entre outros motivos, da estagnação da economia, é o aumento no desemprego do setor do comércio, que demitiu em outubro 32 mil trabalhadores quando, faltando dois meses para o Natal, o natural seria ter um aumento das contratações.

Um terceiro fator é que, na comparação anual de outubro com igual período do ano passado, o contingente ocupado de 23 milhões caiu em mil pessoas, variação baixa.

Mesmo que tenha havido queda no desemprego, porque aumentou o número de pessoas desempregadas que não buscam emprego.

Ainda que a economia não vá bem, há um processo contínuo de melhora da renda do trabalhador. O rendimento real médio em outubro bateu recorde e alcançou em outubro R$ 2.122,10, o maior verificado na série histórica.

Da Umuarama Ilustrado