Desenvolvimento econômico: Maioria das categorias têm aumento real

O resultado das campanhas salariais do primeiro semestre deste ano tem balanço positivo, mostram estudos da CUT e do Dieese.

Das categorias filiadas a CUT em São Paulo, 86% conseguiram reajuste acima da inflação.

Os números são de estudo elaborado pela CUT São Paulo, em parceria com o Centro de Estudos Econômicos da Unicamp (Cesit) e a Escola Sindical São Paulo. O levantamento analisou 42 convenções coletivas e representam 350 mil trabalhadores.

Já segundo o Dieese, 84% das negociações de categorias em todo o País repuseram integralmente a inflação aos salários.

Destas, 66% tiveram aumentos reais que variaram entre 1% e 2%, índices semelhantes aos apurados pela CUT. O Dieese estudou 347 negociações.

Para o pesquisador da Unicamp, José Dari Krein, o resultado favorável está no crescimento econômico e na estratégia dos sindicatos de buscar recuperar as perdas passadas.

“A lucratividade das empresas, especialmente do setor industrial, foi muito alta nos dois últimos anos e contribuiu para o bom resultado”, afirma.

Já o Dieese observa que praticamente desapareceram do cenário das negociações parcelamentos de índices, reajustes escalonados ou abonos.

Os bons números das campanhas do primeiro semestre, segundo o Dieese, indicam que os resultados podem se repetir agora neste semestre.

Os metalúrgicos do ABC, por exemplo, já têm lugar garantido em qualquer estudo salarial que aponte aumento real.

Isto porque, os acordos aprovados pelo pessoal nas montadoras, autopeças, forjarias e parafusos (o Grupo 5) e fundição têm aumento real. Nestes últimos, inclusive já está garantido 1,99% de real, no mínimo, para o próximo ano.