Desigualdade social

Apesar dos avanços obtidos no governo Lula, com a retomada do crescimento econômico, com a ampliação do emprego e com a melhoria na redistribuição de renda efetuada através de políticas sociais, o Brasil ainda enfrenta uma dura realidade: continuamos a ser um dos campeões da desigualdade social.

O Brasil ocupa o oitavo lugar nesta lista, na frente apenas da latino-americana Guatemala, e dos africanos Suazilândia, República Centro-Africana, Serra Leoa, Botsuana, Lesoto e Namíbia.

O indicador deste estudo comparativo é o coeficiente de Gini, parâmetro internacionalmente usado para medir a concentração de renda.

O coeficiente de Gini varia de zero a 1. Zero significaria, hipoteticamente, que todos os indivíduos teriam a mesma renda e 1 mostraria que apenas um indivíduo teria toda a renda de uma sociedade. O índice brasileiro foi de 0,593 em 2003, segundo o relatório da ONU  sobre o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) em 177 países.

De acordo com o documento, no Brasil 46,9% da renda nacional concentra-se nas mãos dos 10% mais ricos. Já os 10% mais pobres ficam com apenas 0,7% da renda.

Na Guatemala, por exemplo, os 10% mais ricos ficam com 48,3% da renda nacional, enquanto na Namíbia, o país com o pior coeficiente de desigualdade, os 10% mais ricos ficam com 64,5% da renda.

Os dados, apesar de preocupantes, deixam mais claro o significado da luta dos trabalhadores por melhores salários, assim como valorizam nossas mais recentes conquistas neste campo.

Revelam, por outro lado, que ainda temos um longo caminho de organização e de lutas para superar este triste quadro.

Departamento de Formação