Desligamentos por morte no emprego, a outra face da pandemia

Recente boletim de emprego do Dieese mostrou a disparada nos números de desligamento por morte de trabalhadores com carteira assinada no Brasil. Nos últimos 12 meses, até março/21, os desligamentos nessa condição somaram 72.716 casos. Foram 1.400 mortes por semana, ou 200 por dia, em números redondos. É como se uma de nossas fábricas fosse vitimada, a cada dia.

Foto: Divulgação

Quando comparamos o primeiro trimestre de 2021 com o mesmo período do ano passado, os desligamentos por morte cresceram 71,6%, passando de 13,2 mil para 22,6 mil, com alta de 71,6%. 

Nas atividades de atenção à saúde humana, os desligamentos por morte de enfermeiros e médicos subiram 116% e 204%, respectivamente, nesse período. Na educação, o crescimento foi de 106,7%, enquanto no setor de transportes e correios a alta foi de 95,2%.

Nas fábricas o quadro não foi diferente, e todos perdemos grandes amigos. O desligamento por óbitos na indústria brasileira ultrapassou a marca de 4 mil trabalhadores apenas no primeiro trimestre de 2021.

A coluna presta aqui sua homenagem a todos os trabalhadores que perderam a vida, pela total irresponsabilidade de um governo federal desastroso seja por seus atos, como por suas omissões. 

Esta coluna é dedicada a Edinaldo Raimundo Gomes de Sá, o Baianinho (CSE na Otis), Vilmo Oliver Franchi (CSA e Associação Henrich Plagge), Celso Lino Bento, o Koala (Mercedes), Josafar Fernandes da Silva (Volks), além da companheira Luci Paulino, representando todos os trabalhadores e trabalhadoras, amigos e amigas, que perdemos nesse período. Sabemos que estarão sempre conosco, PRESENTES!

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