Desoneração pode reduzir em 16% custo de casa popular

A redução é motivada pela queda dos índices de inflação ligados ao setor da construção civil

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), utilizado no reajuste de contratos de aluguel, registrou deflação de 0,36%, na segunda leitura prévia deste mês, contra alta de 0,45% na mesma leitura um mês antes. No ano, o índice acumula queda de 0,56% na segunda prévia, e nos últimos 12 meses, acumula alta de 6,68%, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O Índice de Preços por Atacado (IPA) teve queda de 0,65% agora, contra alta de 0,47% há um mês. O índice referente a bens finais registrou desaceleração de 1,52% para 0,34%, com destaque para o ritmo menor nos preços do subgrupo alimentos processados (de 3,24% para 0,78%). O índice de bens intermediários teve ligeira aceleração, mas continuou negativo (a deflação passou de 0,67% para 0,54%), com destaque para o subgrupo suprimentos (-4,07% para -0,68%).

O grupo matérias-primas brutas passou de alta 1% na primeira prévia para queda de 2,17% agora, com destaque para a desaceleração nos itens soja em grão (6,44% para -7,98%), milho em grão (6,67% para -5,15%) e café em grão (8% para -3,23%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve alta de 0,31%, abaixo do 0,38% na segunda prévia de fevereiro. Três das sete classes de despesa componentes do índice apresentaram desaceleração, com destaque para o grupo educação, leitura e recreação (1,59% para 0,18%) , em particular no item cursos formais (de 2,53% para 0,09%).

Também houve desaceleração nos preços dos grupos alimentação (0,26% para 0,19%) e despesas diversas (0,35% para 0,13%), com destaque para carnes bovinas (-1,04% para -3,21%), arroz e feijão (-0,35% para -2,67%), hortaliças e legumes (2,65% para 2,12%), bebidas não alcoólicas (1,30% para 0,21%) e cerveja (1,50% para 0,11%).

Os preços nos grupos habitação (0,25% para 0,41%), vestuário (-0,58% para -0,03%), transportes (0,40% para 0,43%) e saúde e cuidados pessoais (0,49% para 0,51%) tiveram alta, com destaque para os itens empregada doméstica mensalista (0,68% para 2,98%), roupas (-0,98% para -0,22%), tarifa de metrô (0,57% para 3,41%) e medicamentos em geral (0,18% para 0,34%).

O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) apresentou ligeira queda de 0,04%, contra alta de 0,43% um mês antes. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços recuou de 0,52% na apuração de fevereiro, para -0,17% em março. O índice de custo da mão de obra teve alta de 0,12%, contra 0,33% registrado um mês antes.
 
Do Valor Econômico