“Deu meu nome em homenagem ao Che”

“Eu tinha três anos quando meu pai morreu. Lembro de conviver com meus tios no Chile e depois na Argentina.”

Em 1974 fomos para Portugal e só voltamos ao Brasil em 1978, quando eu tinha dez anos. Fomos morar em Diadema e nossa casa era vigiada pela polícia. Minha mãe ia toda terça-feira na polícia.

Creio que o maior problema foi ter a compreensão de todo o processo ainda durante a ditadura militar.

Na escola, os professores contavam uma história do Brasil diferente.

Ele me deu o nome de Ernesto em homenagem a Che Guevara, morto meses antes de eu nascer. O comitê central de sua organização não deixou ele registrar o sobrenome Guevara por questão de segurança. Mas quando ele e meus tios me apresentavam diziam: ele é o comandante”.

Ernesto, filho de Devanir