Deu no New York Times: Brasil é pólo avançado em software livre
A popularização do uso de computadores desenvolvida pelo governo federal foi bastante elogiada em reportagem feita pelo mais influente jornal dos Estados Unidos, o The New York Times.
O jornal destaca a adesão do governo ao programa de software livre, as iniciativas de venda de computadores com acesso à internet à população de baixa renda e a instalação de mil telecentros em áreas de baixo desenvolvimento humano.
Assim, o Brasil se torna um pólo avançado do movimento de software livre ao instruir ministérios e empresas estatais a trocar os sistemas operacionais dos computadores. Empresas e institutos financiados pelo governo devem usar computadores com esse tipo de programa.
Foram substituídos os sistemas de código fechado (que são pagos) por programas gratuitos. Isto é, trocou-se o Windows pelo Linux. No primeiro grupo estão as grandes corporações, como Microsoft (Windows) e Macintosh (Apple), que cobram verdadeiras fortunas pela utilização de seus programas.
Monopólio
“O governo não pode gastar o dinheiro do contribuinte para que a Microsoft consolide ainda mais seu monopólio”, disse ao Times o presidente do Instituto Nacional de Tecnologia de Informação, Sérgio Amadeu, responsável pelo projeto de inclusão digital.
No projeto, o programa PC Conectado, por exemplo, pretende vender computadores a preços populares, em 24 vezes, e oferecer acesso à internet com valor reduzido aos moradores de sete milhões de casas em todo o País.
Telecentros abrem acesso
O New York Times revela que o governo recebeu o apoio do Laboratório de Mídia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, um dos mais avançados centros tecnológicos do mundo, para adotar o software livre no PC Conectado.
Também elogia o investimento de R$ 210 milhões para abrir cerca de mil telecentros. Nesses espaços, os computadores rodarão programas de código aberto e os usuários terão acesso gratuito à internet.
A idéia dos telecentros é a de criar mais oportunidades de trabalho e renda.
Eles são instalados em associações, escolas e órgãos públicos.
Atualmente, cada telecentro é equipado com dez computadores e possui um ambiente voltado para a oferta de cursos e treinamentos presenciais e à distância, informações, serviços e oportunidades de negócios.