Dia Internacional da Juventude é marcado por atos e mobilizações

Em São Paulo, CUT se une aos movimentos social e popular em protesto contra os desmandos do governo tucano com a juventude

Neste 12 de agosto, Dia Internacional da Juventude, entidades dos movimentos sindical, social e popular de todo o Brasil saíram às ruas para dar visibilidade a luta em defesa dos direitos da juventude, reivindicando políticas públicas que efetivem avanços concretos na cidadania dos (as) jovens. 

São políticas que envolvem um conjunto de ações como: inclusão no mercado de trabalho com a implementação de políticas que promovam a conciliação de estudos, trabalho e vida familiar, que garantam a observância efetiva da idade mínima de ingresso no mercado de trabalho e ampliem as oportunidades de emprego assalariado e melhoria da sua qualidade. 

Educação pública de qualidade para todos e todas, com a elevação do acesso e qualidade em todos os níveis de ensino para os jovens, destinação de 10% do PIB e 50% dos valores financeiros que compõem o Fundo Social advindo da camada de pré-sal para a educação.

Políticas sociais voltadas às mulheres, com a implantação de ações de universalização da oferta de creche até 2020, assegurando as jovens trabalhadoras uma melhor condição de acesso ao mercado de trabalho formal. Ações que beneficiem o conjunto da sociedade como o passe livre nos ônibus para toda a população jovem. Para a juventude rural, a luta é por acesso a terra, trabalho e renda e implementação da política pública de educação do, no e para o campo que garantam a sucessão rural. 

Neste 12 de agosto, mais do que um dia para celebrar, a data serviu também para consolidar o tema na agenda da sociedade e do poder público. Em São Paulo, a CUT organizou uma passeata pelo centro da capital junto aos movimentos sociais, levando a sociedade as reivindicações da juventude e denunciando os desmandos dos governos do PSDB que de forma antidemocrática, menospreza e ataca a juventude. 

Infelizmente, essa é uma realidade mantida pelos tucanos há mais de 16 anos. A juventude é tratada de forma marginalizada, com preconceitos e como um problema social.“Por isso, neste dia, não há muito o que se comemorar. Hoje, no governo do PSDB, não há uma perspectiva de mudança social, a juventude se vê num processo de imobilidade social. Portanto, neste 12 de agosto, estamos aqui para expor e dizer que somente com a mobilização do conjunto dos movimentos da juventude podemos alterar esta realidade, transformando os jovens em sujeitos de direitos, construindo uma sociedade mais justa e igualitária”, pontua Luciana Chagas, secretária de Juventude da CUT-SP. 

Durante a passeata, os manifestantes passaram pela prefeitura de São Paulo, pela Secretaria Estadual de Educação e pela Coordenadoria Estadual da Juventude. Nesta última, em alto e bom som, expuseram a preocupação com a realização da 2ª Conferência Estadual de Políticas Públicas de Juventude marcada para o segundo semestre. 

Carlos Alberto, representante da Apeoesp e membro da Comissão Organizadora da Conferência, alertou que o governo vem impondo diversos empecilhos, dificultando a organização e levando a fundo a política de exclusão dos movimentos sociais. 

“As Conferências são espaços de democracia, de diálogo direto com o poder público, de reivindicação e formulação de políticas públicas voltadas a suprir as necessidades do povo. Aqui em São Paulo, com todas as dificuldades impostas pelo governo tucano, isso só vai ocorrer se houver uma ação conjunta dos atores sociais, ratificando um espaço que não seja apenas do poder público, mas que os movimentos se apropriem do debate, formulem ações que envolvam desde programas destinados a acabar com os problemas centrais que afetam a juventude até ações que visem fomentar a participação da própria em espaços onde seja protagonista”, elenca Alberto.

Da CUT Nacional