Dia Mundial da Aids alerta para aumento da doença entre cinquentões

A edição deste ano teve como foco o homem com mais de 50 anos, grupo no qual a incidência da doença mais que dobrou na última década

Militantes do mundo inteiro realizaram na segunda-feira (1º) uma série de atividades para marcar o Dia Mundial de Luta contra a Aids. No Brasil, a edição deste ano teve como foco o homem com mais de 50 anos, grupo em que a incidência da doença mais que dobrou na última década.

“Com o avanço no tratamento, a Aids não é mais uma sentença de morte. Por isso, muita gente tem relaxado na prevenção e, em alguns grupos, o número de infectados tem aumentado muito, principalmente entre os mais velhos e com as pessoas mais escolarizadas”, diz a diretora do Sindicato e da Fetec-CUT/SP, Anatiana Alves.

Os bancários de São Paulo também participam da luta com atividades em dois grandes bancos. Em parceria com a UNI (Union Network International), o Coletivo de Juventude do Sindicato reúne-se com os bancários no Telebanco do Bradesco, em Santa Cecília, e no Call Center do ABN/Real, na Barra Funda.

“Vamos falar sobre a Aids e as formas de prevenção, que todo mundo conhece. Mas muita gente não se cuida e isso tem levado a um aumento do número de casos em pessoas que se consideram fora do grupo de risco. Ora, grupo de risco não existe, todo mundo está sujeito a contrair aids”, alerta Anatiana.

Os números – No Estado de São Paulo o número de pessoas com mais de 50 anos com aids é o maior da história. Segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde, em 2007, os paulistas com mais de 50 diagnosticados como soropositivos representaram 15,06% do total. No início da epidemia, em 1983, era de 4%.

A Aids também avança entre as pessoas mais escolarizadas. Diferentemente do que ocorria há dez anos, atualmente a infecção pelo HIV atinge predominantemente aqueles com mais de oito anos de estudo. Os dados mostram que as pessoas mais escolarizadas, embora saibam como se prevenir, vêem a aids como algo distante de si. De acordo com a Secretaria, houve redução de casos notificados entre os paulistas menos escolarizados, com um a três anos de estudo.

O Ministério da Saúde estima que 630 mil pessoas estejam infectadas com HIV no Brasil. Entre 1980 e junho de 2008, foram registrados 506.499 casos de aids no país. Nesse período, 205.409 morreram em decorrência da doença. A média anual entre 2000 e 2006 foi de 35.384 casos e a epidemia é considerada estável.

Edílson destacou a reivindicação da inclusão de uma cláusula de manutenção do emprego para a prometida liberação de R$ 4 bilhões às montadoras, solicitação acatada pelo governo José Serra. “Aceitamos a sugestão da CUT-SP porque quando cai o índice de emprego entramos no ciclo vicioso da crise”, afirmou Serra.

De acordo com Afif, o Emprega São Paulo servirá ainda para identificar quais profissões o Mercado busca e onde há carência de formação no Estado. O próximo passo dever ser a divulgação de vagas via mensagens no celular dos trabalhadores cadastrados.

Do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região