Dia mundial da Justiça Social: Uma data em que temos pouco a comemorar

A Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), realizada em 26 de novembro de 2007, instituiu o dia 20 de fevereiro como o “Dia Mundial da Justiça Social”, com o objetivo de reforçar as metas estabelecidas pela ONU na Cúpula Mundial pelo Desenvolvimento Social em 1995 na cidade de Copenhagen, na Dinamarca.

O maior obstáculo para promoção da justiça social é o aumento persistente da desigualdade social ocasionada pelo aprofundamento das políticas neoliberais e, mais recentemente, pela crise sanitária causada pelo surto da Covid-19. 

Por justiça social podemos mencionar ações que visem a erradicação da fome e da pobreza extrema e promoção do bem-estar social e de uma vida digna para todos. O acesso à saúde, à justiça, à moradia e ao transporte de qualidade, assim como o direito a educação pública e de qualidade são aspectos fundamentais para barrar o avanço da desigualdade social. A OIT (Organização Internacional do Trabalho) também assinala a importância do trabalho digno, a liberdade sindical e o combate a todo tipo de discriminação na sociedade como temas que devem fazer parte de uma agenda de promoção da justiça social.

Infelizmente, não temos nada a comemorar sobre a promoção da justiça social em nosso país, ao contrário, temos muito a protestar. Nossa desigualdade se aprofunda a cada dia numa velocidade atordoante frente à ausência de políticas de desenvolvimento econômico num cenário de desemprego extremo e confisco de direitos sociais e trabalhistas.

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