Dia nacional de luta: Agora, é Brasília
Os metalúrgicos deram seu recado, ontem, no Dia Nacional de Luta. A próxima etapa pela agenda dos trabalhadores será em Brasília, na terça-feira.
A próxima etapa pela agenda dos trabalhadores será em Brasília. Na terça-feira, as centrais sindicais vão à capital federal para entregar no Congresso o abaixoassinado pelas 40 horas semanais e fazer manifestação pelo fim do fator previdenciário, pela aprovação das convenções 158 e 151 da OIT e por uma nova tabela do Imposto de Renda.
Pressão passa a ser sobre o Congresso
É Brasília, agora, o
palco da luta contra
o fim do fator previdenciário,
pelas 40 horas
semanais, pela aprovação
das convenções 158 e 151 e
por nova tabela do Imposto
de Renda.
Na próxima terça-feira,
as centrais sindicais baixam
na capital federal para entregar
as listas do abaixo-assinado
em apoio à tramitação do
projeto de lei pela redução de
jornada e exigir agilidade na
discussão dos outros temas.
A reforma tributária, em
tramitação na Câmara, cria o
ambiente para o debate sobre a mudança na tabela do
Imposto de Renda, por meio
de uma lei ordinária.As convenções
aguardam votação e
o fim do fator previdenciário
é outra bandeira que queremos
ver aprovada.
“Os atos de hoje são
para chamar a atenção dos
parlamentares para as prioridades
da agenda dos trabalhadores.
A hora para essas
mudanças é agora, momento
positivo da economia”, afirmou
Artur Henrique, presidente
da CUT, que ontem
participou do ato conjunto
dos companheiros na Mercedes
e na Ford.
Categoria faz
três grandes atos
Três grandes manifestações
na categoria marcaram
o Dia Nacional de Lutas.
Uma delas reuniu o pessoal
dos turnos da manhã na
Mercedes e na Ford, no pátio
desta última. Outra foi no
pátio da Volks.
Já os companheiros e
companheiras na Scania saíram
em passeata na rua. Pela
manhã, houve panfletagem
em fábricas e na estação rodoviária
de Ribeirão Pires e à
tarde no centro de Diadema.
Os trabalhadores na Kostal
pararam por meia hora dentro
da fábrica.
Solidariedade – O presidente da CUT
ressaltou a solidariedade pelo
engajamento dos metalúrgicos
que, mesmo tendo as 40
horas, estiveram presentes
na luta que é a favor de todos
os brasileiros.
Na Scania, o secretário-geral
do Sindicato, Rafael
Marques, reafirmou a importância
da nacionalização
de direitos, já que as diferenças
regionais são usadas
pelas empresas como fator
de competitividade e redução
de custos. Ele defendeu,
ainda, a necessidade
da aprovação da convenção
158 para impedir a demissão
imotivada.
O presidente eleito do Sindicato, Sérgio Nobre,
destacou a necessidade de se
promover justiça tributária
em seu discurso na Volks.
Para Sérgio, o imposto de
renda é regressiva e é necessária
uma correção para que
o tributo deixe de penalizar
os trabalhadores.
Despedida –
O presidente do nosso
Sindicato, José Lopez Feijóo,
encerrou ato conjunto na
Ford em emocionado tom
de despedida. “Provavelmente
esta é minha última
participação numa grande
mobilização como presidente”.
Feijóo passa o cargo no
próximo dia 19 de julho para
Sérgio Nobre. Depois de
fazer uma retrospectiva das
lutas, Feijóo acrescentou que
a melhoria das condições de
cada trabalhador brasileiro
torna-se conquista de todos.
“Não tem essa de que a luta
não nos diz respeito (sobre
as 40 horas). Conquista de
boas políticas favorecem a
todos”, afirmou.
Além de dirigentes do
nosso Sindicato, todos os
atos tiveram a participação de
representantes de várias categorias
e de parlamentares.
Centrais se unem em São Paulo
As centrais sindicais fizeram
ato unificado defronte a loja C&A
na praça Ramos, no centro da capital
paulista.
O presidente do Sindicato dos
Comerciários de São Paulo e da
União Geral dos Trabalhadores
(UGT), Ricardo Patah, frisou que
a C&A foi escolhida como alvo do
protesto pois é a empresa símbolo,
ao lado do Wal Mart, de práticas
anti-sindicais.
Na avaliação do presid