Dib não quer trabalhador discutindo saúde do trabalhador
A Prefeitura de São Bernardo negou ao movimento sindical a realização de pré-conferências para debater políticas de saúde do trabalhador. Feitas com os segmentos da população, as pré-conferências seriam uma forma de democratizar a participação da comunidade, especialmente dos trabalhadores, na Conferência Municipal de Saúde do Trabalhador, que será realizada dia 31 de agosto.
O argumento da Prefeitura é que não tinha como mudar o edital que convocou a Conferência Municipal.
“Da forma como será realizada, a conferência municipal será antidemocrática”, denuncia Paulo Dias, diretor do Sindicato.
Segundo ele, apenas quatro vagas foram destinadas ao movimento sindical das 60 vagas a delegados para o evento.
“Com um pouco de boa vontade, a Prefeitura poderia atender nosso pedido. As pré-conferências dariam oportunidade à população de debater saúde e indicar quem seriam os delegados. Da forma como está, é a Prefeitura quem indicará os delegados e controlará toda a conferência”, explica Dias.
A Conferência Municipal é preparatória à Estadual e à Nacional, que acontecerá até o final do ano em Brasília. Ela é convocada pelos ministérios da Saúde, do Trabalho e da Previdência e tem como objetivo traçar as políticas públicas para saúde do trabalhador e efetivar seu controle social.
“A Prefeitura de São Bernardo quer esse controle. Por isso limita a nossa participação”, observa Paulo Dias, lembrando que os sindicatos com base na cidade pediram a suspensão da Conferência de São Bernardo à Coordenação Nacional.