DIEESE – A situação das montadoras nos EUA

No turbilhão da crise financeira que assola o mundo, duas das maiores montadoras de automóveis nos Estados Unidos – General Motors e Ford – vivem seus piores momentos. A situação da Chrysler (terceira maior) também não é nada boa. Pela primeira vez, fala-se abertamente na possibilidade de uma das três simplesmente falir.

Erros
Segundo especialistas, um conjunto de erros explicaria o estado de penúria em que elas se encontram. Um deles foi apostar demais num produto só – os utilitários esportivos.
No período em que o petróleo era barato, em vez de investirem no futuro e se preparar para um mundo que seria claramente de restrição a este tipo de combustível, basearam seus produtos em carros grandes que consomem muita gasolina e davamlucro alto.

Esse lucro permitiu que elas sobrevivessem no final dos anos 90 e no começo deste século. Porém, não usaram este dinheiro no desenvolvimento de soluções alternativas para o futuro. O erro foi percebido há dois anos e elas tentaram mudar, mais era tarde. O presidente eleito, Barack Obama, quer aproveitar a crise para fazer uma reforma ampla no setor.

Contrapartidas
Ele já anda dizendo que não deixará as empresas automotivas quebrarem pelo custo social e pelo agravamento da crise que isso ocasionará.
Mas afirmou que também não dará um cheque em branco para elas e exigirá contrapartidas, como por exemplo, a substituição de parte da frota por modelos que usem energia alternativa, como os flex brasileiros.

Ele ainda quer que trabalhadores, gerência, fornecedores, credores e acionistas se juntem para apresentar um plano de como a indústria automobilística norte-americana será. Essa idéia é muito parecida com a experiência da Câmara Setorial no Brasil, no ano de 1992.

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