Dieese e IBGE: Desemprego cai. Renda também

O desemprego na Grande São Paulo caiu pelo sexto mês consecutivo em outubro, passando de 17,9 % para 17,6% da PEA (População Economicamente Ativa) revelou pesquisa Seade-Dieese divulgada ontem. No ABC, diminuiu de 17,6% para 17,5%.

As maiores contratações ocorreram nos setores de serviços e de comércio, cada um com 18 mil novos trabalhadores. Já a indústria demitiu 12 mil.

Existem ainda 1.700.000 pessoas sem serviço na Grande São Paulo.

No Brasil
Pelo levantamento do IBGE, realizado nas seis maiores regiões metropolitanas do País, a taxa de desemprego também recuou em outubro e atingiu sua menor marca dos últimos três anos, cravando 10,5% contra 10,9% em setembro.

“Ter esse resultado em outubro é bastante positivo. Em 2002 isso só aconteceu em dezembro”, disse Cimar Pereira, gerente da pesquisa do IBGE.

Hoje, a população sem emprego nas seis regiões soma 2,3 milhões de pessoas, 98 mil a menos do que em setembro. Em relação a outubro de 2003, houve queda de 17,9%, que equivale a 495 mil contratações.

Ainda em outubro, aumentou 1,3% no número de trabalhadores com carteira assinada. Em relação ao mesmo mês no ano passado, o crescimento foi de 3,6%.

Os trabalhadores formais representam agora 39% da população ocupada.

Trabalho mal remunerado faz renda cair
A pesquisa Dieese-Seade constatou que o rendimento médio dos trabalhadores na Grande São Paulo caiu 1,6% em setembro com relação a agosto e no mês passado atingia R$ 990,00.

A renda estimada pelo IBGE nas seis regiões do País foi praticamente a mesma de São Paulo e chegou a R$ 900,20, quantia 1,2% menor que agosto.

Segundo o IBGE, a queda ocorreu devido ao aumento de 6% nas contratações da construção civil, setor que tem baixa remuneração (R$ 657,20). Em relação a outubro do ano passado, os salários aumentaram 2,6%.