Dilma apoia Tinga e diz que Copa no Brasil será também uma luta contra o racismo
Alvo de insultos racistas originados de torcedores peruanos no duelo entre Real Garcilaso e Cruzeiro, nesta quarta-feira, no Estádio Huancayo, o meio-campista Tinga tem recebido diversas manifestações de apoio. Na manhã desta quinta-feira, foi a vez de a presidenta Dilma Rousseff, utilizar o Twitter para lamentar a situação e ser solidária ao volante.
“Foi lamentável o episódio de racismo contra o Tinga. Ao sair do jogo, ele disse que trocaria seus títulos por um mundo com igualdade entre as raças, por isso todos nós estamos fechados com ele”, escreveu a líder máxima do País.
Na derrota do time mineiro por 2 a 1 diante do Real Garcilaso, Tinga entrou em campo aos 21 minutos do segundo tempo, na vaga do meia-atacante Ricardo Goulart. O atleta era alvo de insultos racistas dos torcedores sempre que tocava na bola, em situação que permaneceu até o final do confronto. O volante, que atuou pelo Borussia Dortmund, da Alemanha, entre 2006 e 2010, afirmou que jamais passou por algo semelhante em território europeu.
O racismo tem sido uma das questões mais polêmicas do cenário esportivo nas últimas décadas. Sede da Copa do Mundo deste ano, que será realizada entre 12 de junho e 13 de julho, o Brasil estuda abordagens especiais para evitar atos desse tipo. E, segundo Dilma Rousseff, já há pacto firmado com a ONU (Organização das Nações Unidas) e Fifa (Federação Internacional de Futebol Associado).
“Acertei com a ONU e com a Fifa que o nosso Mundial será também a “Copa contra o racismo”, porque o esporte não deve jamais ser palco para o preconceito”, encerrou a presidente.
Do IG