Dilma declara guerra às empresas que demitirem

A ministra chefe da Casa Civi anunciou que vai cortar ajuda financeira e benefícios fiscais dos setores que não mantiverem os empregos. Dilma disse que os empresários se anteciparam ao cortar vagas

O governo federal declarou guerra às empresas que vêm reestruturando seus gastos demissões. A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, anunciou que não haverá mais ajuda financeira nem benefícios fiscais a setores que não se comprometerem a manter os postos de trabalho.

Para Dilma, a crise trouxe uma reação diferente por parte da indústria. Se antes esperavam a retração do consumo para demitir mão-de-obra e estagnar a produção, dessa vez se anteciparam. “Com o pressuposto de que haveria queda na demanda, logo diminuíram a oferta, cortando vagas.”

Segundo a ministra, o governo propôs compensar os vencimentos na indústria. “Falamos: vocês podem criar até três turnos que o governo honrará os pagamentos. Não queremos que haja redução do emprego a ponto de transformar o Brasil naquilo que ele não é.”

A ministra garante que uma postura mais agressiva foi adotada pelo governo federal. “Decidimos que não haverá mais investimentos do BNDES para empresas que não nos derem a garantia de que não demitirão”, anunciou Dilma, que, no entanto, sugere que novas negociações poderão ocorrer. “O governo jamais entrou na conversa do ‘vamos cortar´.”

O empenho do governo federal gira em torno da manutenção e criação de postos de trabalho. Para isso, os investimentos da Petrobrás, que aplicará R$ 174 bilhões na construção de refinarias e plataformas até 2013, e a ampliação do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), deverão impedir que o PIB (Produto Interno Bruto), cresça para baixo, “como o rabo de um cavalo”, exemplificou a ministra.

Dilma também aproveitou para anunciar, ainda que sem detalhes, um novo projeto habitacional que, promete, deverá criar oportunidades para a construção de um milhão de casas para famílias com renda de até 10 salários mínimos. “O objetivo é estabilizar o emprego. Usaremos o investimento público para criar um colchão de investimentos que impeça que a economia caia abaixo”.

Das Agências