Dilma: governo Lula continuará agressivo nos investimentos

A crise financeira internacional será a oportunidade para o País ficar mais forte, segundo afirmou a ministra chefe da Casa Cilvil, nesta quarta-feira (11), durante seu discurso no primeiro dia do seminário ABC do Diálogo e do Desenvolvimento, evento promovido pelo movimento sindical, setor empresarial e prefeituras da Região com objetivo de elaborar propostas contra a crise

Raquel Camargo

Para Dilma, o objetivo das políticas que estão sendo desenvolvidas é a preservação do emprego

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou nesta quarta-feira (11), na abertura do seminário ABC do Diálogo e do Desenvolvimento, que o governo federal vai continuar a ser agressivo nos investimentos para incentivar o desenvolvimento e combater os efeitos da crise econômica mundial.

“O governo Lula vai manter essa política em ações como o como o PAC [Plano de Aceleração do Crescimento], que receberá cerca de R$ 500 bilhões nos próximos quatro anos, principalmente em obras de saneamento e infraestrutura”, disse ela.

A ministra acredita que o primeiro semestre deste ano será difícil, mas melhor que o último trimestre do ano passado, quando o PIB foi negativo.

“O País tem todas as condições fiscais e monetárias para que o PIB e a taxa de crescimento aumentem”, declarou.

Come ou paga

Dilma relacionou as várias ações do governo federal para a superação da crise, citando a transferência de R$ 100 bilhões ao BNDES para empréstimos e a garantia de R$ 120 bilhões da Petrobras para a continuidade dos investimentos.

Disse que o governo finaliza o programa nacional de habitação para a construção de 1 milhão de moradias, no qual o trabalhador que recebe até três salários mínimos vai pagar uma prestação simbólica. “Quem ganha até essa faixa de renda ou come ou paga a prestação da casa”, comentou.

Ela destacou também a importância do mercado interno como fator de resolução da crise, lembrando que as políticas sociais fizeram com que 20 milhões de pessoas passassem das classes C e D para a classe média.

Segundo a ministra, o Brasil está em condições melhores que outros países para enfrentar a crise pois, se antes o País quebrava e recorria ao FMI e obedecia política recessiva do Fundo, hoje o governo é parte da solução.

“A crise é uma oportunidade única para o País sair dela mais forte economicamente, para ampliar a política social e passar a ter juros civilizados, sem ameaçar a estabilidade”, concluiu.

Da Redação