Dilma lança metas sociais e alerta para o perigo do salto alto

A candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff, pediu aos militantes mais cautela e que evite nesta reta final do segundo turno o clima de já ganhou. Ela fez um alerta para o perigo do “salto alto”. “Isso não dá certo, a gente fica confortável demais, orgulhoso demais e sobe demais no salto alto. Então, vamos colocar um salto bem baixinho e disputar até dia 31 voto por voto”, disse a presidenciável nesta quarta (27), em Brasília, durante o lançamento das 13 metas para a área social.

Para ela, é preciso realizar intensa mobilização até o dia da eleição e garantir a vitória no segundo turno. Pesquisa divulgada nesta quarta (27) pela CNT/Sensus dá uma vantagem de 17% favorável a ex-ministra contra o tucano José Serra.

Durante o lançamento das metas sociais, no Teatro dos Bancários, Dilma disse que o principal compromisso é a erradicação da miséria no país. Segundo ela, essa será a principal meta da sua gestão, porque um país só pode comemorar crescimento econômico quando muda para melhor a vida das pessoas.

“Para nós a questão social não é adereço de mão nem um anexo do programa de governo. Essa é a nossa diferença histórica”, afirmou a candidata ao se comprometer a tirar 21,5 milhões da pobreza. Na proposta para desenvolvimento social de Dilma promete, entre outras coisas, estender o Bolsa Família mesmo para as pessoas que não têm filhos.

Programa do adversário

A presidenciável também criticou o programa de seu adversário que, segundo ela, não dá prioridade à questão do desenvolvimento social. “No programa do adversário essa questão está no anexo”, disse.

Dilma salientou que a diferença entre o projeto do governo Lula, que ela dará continuidade, e dos tucanos de José Serra é que a questão social define as prioridades da gestão e não apenas a economia é o carro chefe.

Por isso, segundo ela, programas como o Minha Casa, Minha Vida foram lançados porque o governo tem olhar social.

“Investimos em mais moradias e lares para população e isso gera empregos para população. Ou seja, é um programa social com conseqüências econômicas. É dessa forma que vemos o país. Temos que voltar a ter valores, ao invés de dar importância às questões mercantis, dar importância só aos números, temos que focar nas pessoas. Eu vou continuar fazendo isso”, discursou.

Do Vermelho