Dilma só aprovará projetos em acordo com os trabalhadores
O presidente da CUT, Vagner Freitas, entrega documento no Palácio do Planalto para a chefe da Casa Civil. Gleisi Hoffmann, ao lado da presidenta Dilma, durante encontro ontem em Brasília.
Durante reunião com representantes da CUT e das demais centrais, ontem, em Brasília, a presidenta Dilma Rousseff atendeu à reivindicação dos sindicalistas para estabelecer um canal de diálogo permanente e afirmou que não aprovará qualquer projeto sem que exista acordo entre trabalhadores, empregadores e governo.
O encontro não alterou a pauta da CUT e das demais centrais, que realizarão atos conjuntos em diversas cidades do Brasil no próximo dia 11 de julho, para debater com a sociedade as questões do mundo do trabalho.
Na reunião mantida no Palácio do Planalto, Dilma admitiu que é preciso aprimorar a interlocução com as centrais e disse concordar com as críticas das ruas sobre a qualidade dos serviços públicos. Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, as melhorias só virão com investimento na rede pública. “O governo tem de se debruçar sobre a saúde, transporte, educação e segurança pública de qualidade”, afirmou.
“Por isso dissemos à presidenta que a resposta tem de vir do Estado e ela concordou”, prosseguiu Vagner Freitas.
Reforma política
O dirigente comentou ainda que a CUT irá organizar uma campanha nacional pelo plebiscito para a reforma política e citou a importância de ouvir a população. “Qualquer político ou organização que for contra essa consulta é porque está acostumado à velha política e quer tratar esses assuntos longe da população e da classe trabalhadora, exclusivamente nos corredores do Congresso”, denunciou o presidente da CUT.
Pauta
Dilma também afirmou que a pauta da classe trabalhadora será negociada como um todo e que o governo apresentará uma resposta até agosto. Nesse intervalo, a CUT e as demais as centrais continuarão as negociações com governo e empresários, em reunião marcada para o próximo dia 3.
Ato
E no dia 11 de julho a CUT e as demais centrais farão atos conjuntos em diversas cidades do Brasil. “As conquistas do movimento sindical são resultado de mobilizações e da capacidade de organização da classe trabalhadora e não concessão do poder público”, lembrou Vagner Freitas. “Por isso os atos estão mantidos”, destacou.
Da Redação