Direção do Sindicato repudia assassinatos no campo

(Foto: André Laurindo)

Damião Lima da Silva, Raimundo Silva, Sebastião Ferreira de Souza, Izaul Brito dos Santos, Ezequias San­tos de Oliveira, Edson Alves Antunes, Aldo Aparecido Carlini, Samuel Antônio da Cunha, Francisco Chaves da Silva, Fábio Rodrigues dos Santos, Valmir Rangeu do Nascimento, Silvino Nunes Gouveia, Silvone Gonçalves da Silva, Kátia Martins de Souza, Etevaldo Soares Cos­ta, Oseir Rodrigues da Silva, Nelson Souza Milhomem, Wedson Pereira da Silva, We­clebson Pereira Milhomem, Jane Júlia de Oliveira, Bruno Henrique Pereira Gomes, Hércules Santos de Oliveira, Regivaldo Pereira da Silva, Ronaldo Pereira de Souza, Antônio Pereira Milhomem, Antônio Alves Gomes, An­tônio José Mig Claudino, Ceará, Roberto Santos Araújo, Elivelton Castelo Nascimen­to, Renato Souza Benevides, Orestes Rodrigues de Castro, Paulo Sérgio Bento, Valdinei Assis da Silva, Yure Silva, Geo­vane Alves de Jesus, Weverton Cantão.

Esses são os 37 companheiros que foram assassinados em conflitos no campo no pri­meiro semestre deste ano. O número já é mais da metade do total de mortes registradas em 2016.

Entre os casos de maior repercussão, em março, ho­mens armados invadiram a UTI e mataram o assentado Waldomiro Costa Pereira, no Hospital Geral de Parauape­bas, no sudeste do Pará.

Em maio, o militante do Movimento dos Trabalhado­res Sem Terra, o MST, Eteval­do Soares Costa, foi assassina­do na fazenda Serra Norte, em Eldorado do Carajás, no Pará. Ele teve os dedos e as pernas cortadas e foi colocado num saco plástico.

No mesmo mês, a líder ru­ral e presidenta da Associação de Agricultores Familiares, Ká­tia Martins foi executada com cinco tiros na frente do neto de oito anos. O crime aconteceu na divisa dos municípios de Castanhal e São Domingos, também no estado paraense.

No último dia 23, a Co­missão Pastoral da Terra, realizou um ato denúncia “Por direitos e contra a violência no campo”, onde manifestou solidariedade às vítimas, em busca de soluções para con­ter o avanço da violência e a retirada de direitos.

No dia seguinte, aconteceu a chacina de Pau d’Arco, no sudeste do Pará. Na ocasião, 10 trabalhadores rurais foram mortos durante uma reinte­gração de posse.

Um relatório entregue pela Comissão de Direitos Huma­nos à Assembleia Legislativa do Pará mostra que foram disparados tiros à queima -roupa na altura do coração e também pelas costas. Vinte e nove policiais militares são suspeitos do crime e foram afastados do cargo.

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC repudia a crescente violência contra os trabalha­dores rurais e solidariza-se com os familiares dos com­panheiros que buscam seu sustento na terra.