Direito à Informação: CUT-SP debate política de comunicação em Encontro

A necessidade de criar uma política de comunicação no Estado de São Paulo foi um dos principais temas que norteou o 1º Encontro Estadual de Comunicação da CUT-SP

A necessidade de criar uma política de comunicação no Estado de São Paulo foi um dos principais temas que norteou o 1º Encontro Estadual de Comunicação da CUT-SP, que aconteceu na terça-feira (16), na sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. O encontro, que reuniu secretários (as) de comunicação e jornalistas sindicais de várias regiões do Estado, também apresentou propostas para o 5º ENACOM (15 a 17 de julho) da CUT Nacional e para a 1ª Conferência Nacional de Comunicação (1º a 03 de dezembro) de iniciativa do governo federal.

Os trabalhos foram coordenados pelo Secretário de Comunicação e Imprensa da CUT-SP, Daniel Reis, que enfatizou a importância de valorizar os investimentos em comunicação. “Os sindicatos devem priorizar a comunicação como uma política estratégica e não como gasto”, afirmou.

Para o presidente da CUT/SP, Adi Lima, o momento é propício para fazer uma autocrítica sobre qual tipo de comunicação queremos. “Nosso desafio é furar os bloqueios que ainda existem na divulgação para que a sociedade também tenha conhecimento da nossa concepção de comunicação”.

5º ENACOM e Conferência
Guto Camargo, presidente do Sindicato dos Jornalistas, disse que é fundamental que o movimento sindical participe da Conferência de Comunicação, que acontecerá em dezembro, porque é uma grande oportunidade de valorizar os anseios dos movimentos sociais e sindicais. “A CUT é a entidade envolvida que mais tem condições de fazer esta orientação”.

A Secretária Nacional de Comunicação da CUT Nacional, Rosane Bertotti, ressaltou que a grande tarefa é construir uma rede de comunicação cutista articulada, que tenha a capacidade de fazer a interlocução com as distintas regiões do país. “A informação precisa ser amplificada e chegar a todos os lugares e somar com a informação local, e com certeza o diálogo da CUT nacional com as estaduais será fundamental nesse processo de fortalecimento”.

FNDC
Já para o representante do FNDC (Fórum Nacional de Democratização da Comunicação), Juliano Maurício, a manipulação da comunicação interfere em questões fundamentais na formação tanto no comportamento moral como cultural. “Embora a concessão seja pública o modelo é privado e a Conferência é uma oportunidade de interferirmos nesse processo”.

Na concepção de Jerry de Oliveira, da Rede Abraço (Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária), a realização da Conferência é um momento histórico, mas segundo ele, nem todos os problemas serão resolvidos. “Não temos a ilusão de que muita coisa seja alterada, mas com certeza será fundamental no enfrentamento de luta de classes para exigirmos o fim do monopólio privado de comunicação”.

Contribuições ao 5º ENACOM
No final do evento, os participantes apresentaram algumas propostas que visam construir uma política de comunicação para o Estado, tais como: consolidar em todo o Estado e nacionalmente a Rede Brasil Atual; potencializar as Secretarias de Comunicação e Imprensa, transformando-as em Secretarias estratégicas que definam ações políticas; promover ações que busquem inserir a juventude no movimento sindical e construir a organização do ramo da comunicação no Estado de São Paulo. Estas, entre outras contribuições, serão apresentadas no 5º ENACOM, que acontece do dia 15 a 17 de julho, em São Paulo.

Da FEM-CUT, com colaboração da CUT Nacional