Diretor é reeleito para o Conselho Mundial da Daimler


Foto: Paulo de Souza / SMABC

No último dia 13, o diretor de Comunicação do Sindicato, Valter Sanches, membro do CSE na Mercedes-Benz, foi reeleito para o Conselho de Administração da Daimler, empresa detentora da marca no mundo.

Único representante dos trabalhadores que não é europeu, ele falou à Tribuna sobre o significado desta participação para a categoria.   

Tribuna Metalúrgica – O que é o Conselho de Administração da Daimler?
Valter Sanches – Na Alemanha, as empresas estão submetidas à Lei de Cogestão, que prevê que toda empresa tenha representantes dos trabalhadores eleitos em Comitê de Empresa e que toda empresa tenha um Conselho de Administração, com representação igual entre trabalhadores e acionistas.

TM – O que faz o Conselho de Administração?
VS –
O Conselho decide as ações e investimentos da empresa a longo prazo.

TM – Qual a importância de fazer parte do Conselho?
VS –
Temos a chance de conhecer os planos da empresa e interferir nas decisões sobre investimentos, contratações entre outras questões que afetam os trabalhadores em todo o mundo, como evitar a precarização, por exemplo.

TM – Isso substitui a ação sindical?
VS –
De maneira alguma, é a organização sindical e a mobilização dos trabalhadores que garante a existência e a participação nestes fóruns.

TM – De quanto tempo é o mandato no Conselho e o que você têm que fazer neste período?
VS –
O mandato tem duração de cinco anos e são ao menos sete reuniões por ano, na Alemanha. Alguns até pensam que eu moro lá.

TM – E você ganha para isso?
VS –
A participação é remunerada por um bônus anual. Todos os representantes, como eu, repassam este valor para a Fundação Hans-Böckler, que promove formação aos trabalhadores.

TM – Você é o único representante não-europeu no Conselho da Daimler, o que isso significa?
VS –
É o reconhecimento do trabalho de solidariedade internacional deste Sindicato e da Confederação Nacional dos Metalúrgicos, a CNM-CUT, além do momento econômico e social que o Brasil vive, como um País que cresce e distribui renda.   

Da Redação