Diretoria da FEM/CUT debate desafios e organização do 9º Congresso estadual dos metalúrgicos
Gilberto Carvalho fez a análise de conjuntura e destacou a importância de o movimento sindical pressionar o governo
A reunião da diretoria efetiva e do conselho deliberativo da FEM/CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT), realizada ontem, no Centro de Formação Celso Daniel, ao lado da Sede, debateu os desafios na luta pela reconstrução dos direitos dos trabalhadores, a defesa da democracia e da soberania nacional, temas do 9º Congresso da Federação, que será realizado em abril.
Participou do debate o secretário nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho, Gilberto Carvalho, que foi chefe de gabinete de Lula nos dois primeiros mandatos na Presidência da República, e ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência no governo Dilma Rousseff.
O presidente da FEM/CUT, Erick Silva, explicou a importância das discussões para definir os próximos encaminhamentos. “Estamos construindo o caminho para o 9º Congresso da FEM e é fundamental poder ouvir as considerações do Gilberto Carvalho. Discutimos política nacional com muita energia e temos a nossa tarefa aqui no Estado de São Paulo na luta pela reconstrução dos direitos”, afirmou.
O secretário-geral da FEM/CUT, Max Pinho, disse que o tema do Congresso é continuação do debate feito durante a Campanha Salarial do ano passado. “Discutir o resgate de direitos, a defesa da democracia e da soberania nacional, em sintonia com o Congresso da CNM/CUT, fortalece a unidade da categoria e de toda a classe”.
O secretário-geral da CNM/CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT), Loricardo de Oliveira, falou sobre a organização para o 11º Congresso da entidade, em maio. “Temos o desafio de discutir a organização sindical no Brasil, conseguir olhar o conjunto da categoria no país, reconstruir a soberania, emprego, renda, direitos, discutir a correção da tabela do Imposto de Renda”, ressaltou.
Reconstrução
Gilberto Carvalho destacou os desafios ao completar um mês do governo Lula, entre eles a situação econômica atual e uma conjuntura internacional diferente de 2003.
“E muito pior do que a questão econômica hoje é que os governos Temer e Bolsonaro quebraram as ferramentas de políticas públicas do Estado. É assustadora a crueldade com que foram desmontadas as redes de proteção para a população, como o Luz para todos, Minha Casa, Minha Vida, cisternas, ProJovem, ProUni. Essa reconstrução não se dará da noite para o dia”.
Participação e organização
Para Gilberto Carvalho, é essencial o povo organizado participar da construção de políticas públicas, além de estar nas ruas na luta por direitos e uma vida melhor para todos e todas.
Também reforçou a fala que o presidente Lula tinha feito ao movimento sindical sobre a importância de pressionar o governo e defender as pautas dos trabalhadores. “Pressionem, protestem, é uma forma de fazer a mudança no país. Vocês têm um papel enorme nisso”, concluiu.