Diretoria do Sindicato alerta sobre prejuízos ao Brasil com a importação de ônibus

Para dialogar sobre temas que afetam diretamente a vida dos trabalhadores, a diretoria executiva dos Metalúrgicos do ABC tem ido a portas de fábrica a cada semana. Na madrugada de ontem, os diretores estiveram na Mercedes, em São Bernardo, para entregar a Tribuna. 

O alerta foi sobre o risco de desmonte caso a importação de três mil ônibus elétricos pretendida pelo governo federal seja efetivada, com impactos na categoria, nos empregos, no desenvolvimento e na indústria nacional.

 O presidente do Sindicato, Moisés Selerges, destacou as lutas que serão necessárias para fazer frente aos ataques e retrocessos que querem impor aos trabalhadores e ao país.

“A importação de ônibus é um tema que precisamos dialogar muito com os trabalhadores. O governo está dizendo que vai importar ônibus da China, mas sabemos que se isso for concretizado, os empregos serão gerados na China, não aqui no Brasil”, explicou.

“Esse governo só quer saber de agronegócio, plantar soja e milho, derrubar florestas e matar indígenas, não está preocupado com a população. O Brasil tem milhões de desempregados, o governo deveria ter ações para gerar empregos aqui. Não vamos aceitar calados uma medida como essa que prejudica a produção no Brasil e os brasileiros”, afirmou.

Produção nacional

O presidente do Sindicato fez a defesa do desenvolvimento da indústria nacional, com geração de empregos e renda. 

“Queremos que a produção seja feita aqui, com conteúdo local e não com importados, para gerar empregos de qualidade e renda. Esse diálogo com os trabalhadores será permanente e deverá envolver toda a cadeia de produção que será prejudicada por mais esse ataque que o governo quer fazer”.

Providências

O Sindicato está tratando com outros sindicatos e atores sobre as medidas que serão tomadas, entre elas levar a preocupação dos trabalhadores para a Câmara dos Deputados e ao Senado para que o Legislativo também tome providências para barrar a importação de ônibus.

Alerta

Moisés, que é trabalhador na Mercedes, fez sua primeira assembleia na montadora como presidente do Sindicato na quinta-feira passada, 24, quando já tinha destacado que a medida do governo é prejudicial aos trabalhadores e à indústria nacional. Na ocasião, também reforçou a importância da unidade para fazer as lutas necessárias na defesa de um país mais justo e feliz.