Diretoria do Sindicato reafirma a importância de investimentos na Toyota
Metalúrgicos do ABC defendem a vinda de novos produtos para garantir o futuro da planta de São Bernardo
A diretoria executiva dos Metalúrgicos do ABC esteve na Toyota, em São Bernardo, na manhã de ontem, para entregar a Tribuna aos trabalhadores e dialogar sobre a importância de novos investimentos que garantam o futuro da planta. Foi a primeira ida à empresa com a nova composição da diretoria, com Moisés Selerges na presidência.
O diretor administrativo do Sindicato, Wellington Messias Damasceno, que acompanha as discussões na Toyota, destacou o papel da planta para a região e para a própria montadora.
“A empresa é importante para São Bernardo, para todo o ABC e para a Toyota e se consolidou como uma fábrica de componentes. É uma planta viável do ponto de vista econômico e estratégico, competitiva, com mão de obra qualificada e que pode receber mais investimentos. Essa tem sido a nossa luta e a nossa defesa desde o Inovar-Auto e que foi intensificada com a ida do setor administrativo para Sorocaba”, afirmou.
Novos investimentos
O Sindicato defende projetos de futuro para dar mais tranquilidade e estabilidade aos trabalhadores, além do desenvolvimento econômico e social para toda a região.
“Temos discutido que sejam feitos investimentos de futuro para manter empregos qualificados e gerar novos postos de trabalho. A Toyota tem foco em veículos elétricos e híbridos no mundo, inclusive o híbrido a etanol saiu daqui”, disse. “Portanto, é totalmente viável que São Bernardo produza o conjunto elétrico, seja a bateria, o motor ou a integração do sistema, por exemplo. Esse é um futuro possível e que temos tratado em todos os diálogos com a empresa e com os trabalhadores”, ressaltou.
Primeira planta
Wellington lembrou que a planta de São Bernardo é a primeira da Toyota fora do Japão, inaugurada em 1962.
Com o programa automotivo Inovar-Auto, o Sindicato lutou pela vinda da produção do Prius para a planta, com o desenvolvimento de uma tecnologia que não existia no Brasil, porém o avanço das negociações dependia de participação do governo do Estado na tributação exclusiva, o que não aconteceu.
“Desde então, temos negociado o incremento na produção. Recentemente houve aumento da demanda por conta dos componentes que abastecem as outras plantas no Brasil e também a produção para exportação. O Sindicato tem feito assembleias com os trabalhadores e buscado a empresa o tempo todo para discutir a vinda de novos produtos”, concluiu.