Diretoria do Sindicato visita a Prensas Schuler para debater o setor de máquinas e equipamentos

Dirigentes trataram da importância do fortalecimento do setor e a necessidade de uma política industrial brasileira para gerar emprego, renda e produção

O presidente do Sindicato, Moisés Selerges, o diretor executivo, Aroaldo Oliveira da Silva, e o coordenador da Regional Diadema, Antonio Claudiano da Silva, o Da Lua, estiveram na Prensas Schuler, em Diadema, para uma visita à fábrica no dia 23.

Os dirigentes e os representantes da empresa debateram a conjuntura nacional do setor de máquinas e equipamentos. Também esteve na pauta da reunião a geração de emprego e renda no ABC com desenvolvimento tecnológico.

“A Schuler é uma importante empresa da nossa região e tratamos sobre questões relacionadas à indústria de máquinas, setor que tem hoje pouquíssima demanda nacional. Precisamos reverter este jogo e aquecer o mercado interno”, defendeu o presidente de Sindicato, Moisés Selerges

“Para isso, uma política industrial no país é fundamental. O setor de máquinas e equipamentos é a base de uma neo indústria brasileira”, destacou.

Foto: Adonis Guerra

Renovação do parque

Aroaldo, que também preside a Agência de Desenvolvimento Econômico Grande ABC e a IndustriALL Brasil, ressaltou o debate sobre o futuro da indústria de máquinas e equipamentos, inclusive com uma agenda já organizada com a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), sindicato patronal do setor.

“A conversa com a Schuler foi de extrema importância porque ela pertence a um setor importantíssimo, com empresas transnacionais, que atuam em vários países. Temos a oportunidade de discutir com o governo federal a revitalização do parque industrial brasileiro”, explicou.

“A média do parque industrial é 14 anos, é necessário fazer uma renovação muito grande. Para isso, precisamos de trabalhadores e indústrias preparados. Temos que dialogar com as empresas para conectar as demandas que serão criadas no Brasil com a atualização do parque industrial, debater geração de emprego, melhoria na renda dos trabalhadores, qualificação profissional e absorção dessas tecnologias em território brasileiro”, afirmou.

Foto: Adonis Guerra

Ciclo de vida

Pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria), de julho deste ano, mostrou que máquinas e equipamentos industriais têm, em média, 14 anos, e 38% deles estão próximos ou já ultrapassaram a idade apontada pelo fabricante como ciclo de vida ideal. Também demonstrou que as máquinas mais antigas afetam a competitividade, a inovação das indústrias e exigem mais custos de manutenção.

Foto: Adonis Guerra

Indústria forte

Para Da Lua, a discussão com a Schuler foi importante para fortalecer a defesa de uma política industrial.

“Estamos discutindo há anos a questão de o Brasil ter política industrial. É uma empresa que vem para somar esforços no sentido de ter produção nacional, com geração de empregos e riqueza no nosso país”, disse.

“A discussão sobre a indústria converge na relação capital e trabalho, com interesses de ambas as partes em defesa da indústria nacional forte. Isso reforça ainda mais a discussão junto aos órgãos competentes, governo e Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, para que possamos avançar”.