Diretoria entrega Tribuna na Papaiz e mobiliza para Campanha Salarial
Com a entrega da pauta dos trabalhadores às bancadas patronais, expectativa é que as negociações de Campanha Salarial tenham início ainda este mês
A diretoria dos Metalúrgicos do ABC esteve na madrugada de ontem na Papaiz Udinese, em Diadema, distribuindo a Tribuna aos trabalhadores e dialogando sobre a mobilização para a Campanha Salarial, tema da matéria de capa da edição do jornal da categoria.
O presidente do Sindicato, Moisés Selerges, ressaltou a importância do diálogo permanente com os companheiros e as companheiras, com o objetivo de fortalecer a mobilização da categoria para buscar um bom resultado na Campanha.
“Sabemos que este será mais um ano difícil nas negociações com as bancadas patronais e esse contato permanente com os trabalhadores nas fábricas fortalece ainda mais a nossa base. Um dia em Diadema, um dia em Ribeirão e Rio Grande, outro em São Bernardo, e assim vamos fazendo nossa luta”.
A CSE na Papaiz, Márcia Maria de Paula Rego, destacou a importância da presença dos membros da diretoria na fábrica. “Foi muito importante e entrega de Tribuna na mão aos trabalhadores para poder conscientizar sobre a Campanha Salarial, explicar que este vai ser um ano difícil, de muita luta porque a inflação está muito alta e os salários defasados. Os trabalhadores receberam a direção com muita satisfação”.
Fome aumenta
A diretoria do Sindicato reforçou ainda a importância da solidariedade e participação nas campanhas contra a fome e contra o frio. Em 2022, mais da metade da população brasileira, 58,7%, vive com algum tipo de insegurança alimentar. O número de pessoas passando fome passou de 19 milhões para 33,1 milhões de pessoas em pouco mais de um ano.
Os dados divulgados ontem, são do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, feito pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan). A pesquisa mostra que o Brasil regrediu para um patamar de insegurança alimentar equivalente ao da década de 1990.
Isso significa que 15,5% da população no país está sem ter o que comer. O acesso pleno à alimentação se tornou exceção: essa é a realidade para apenas quatro em cada 10 famílias.
Em números absolutos, 125,2 milhões de pessoas no Brasil estão passando por algum nível de insegurança alimentar. Essa classificação inclui pessoas que estão passando fome e aquelas que estão preocupadas por não saber se terão o que comer no dia seguinte.
Com informações do Brasil de Fato