Diretoria Plena debate cláusulas econômicas e sociais da Campanha Salarial
(Fotos: Edu Guimarães)
Na última sexta-feira, dia 3, os diretores do Sindicato que integram a Diretoria Plena debateram as cláusulas econômicas e sociais, que estão em pauta na Campanha Salarial deste ano.
Ontem foi o último dia para que os 13 sindicatos, que compõem a base da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, a FEM-CUT, apresentassem propostas para inclusão na pauta.
Durante a semana passada, foram realizadas assembleias em portas de fábricas em São Bernardo, Diadema e Ribeirão Pires para apresentar a pauta da Campanha aos trabalhadores, que aprovaram os principais eixos.
Com o tema “Sem pato, sem golpe, por mais empregos e direitos”, a pauta da Campanha tem cinco itens: não à terceirização e à perda de direitos; estabilidade e geração de empregos; reposição integral da inflação mais aumento real, valorização dos pisos e jornada semanal de 40 horas.
O secretário-geral do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão, ressaltou que o momento econômico que o País atravessa terá influência sobre as negociações. “Esse é um ano em que a Campanha vai exigir, além da disposição e mobilização, muita criatividade e paciência para debatermos concretamente qualquer passo que será dado”.
Durante a Plena, a secretária da Mulher da FEM-CUT, Andrea de Sousa, a Nega, reforçou a necessidade de organização. “Sabemos que a campanha será difícil, porém temos que nos organizar, nos preparar para fazer o nosso melhor”, destacou.
A dirigente contou sobre as mesas de negociações permanentes, criadas no ano passado. “Nós conseguimos avançar, porém não em todos os grupos. O que tivemos maior êxito foi com o Grupo 2, onde aconteceram quatro reuniões”, ressaltou.
“Na Campanha, temos três meses no máximo para discutir e este tempo é pouco para o debate das questões sociais. Por isso, a importância da mesa de negociação permanente”, concluiu.
O assessor jurídico da FEM-CUT, Raimundo Pereira de Oliveira, explicou que há cláusulas na Convenção Coletiva de Trabalho, a CCT, que estão sendo alteradas e aprimoradas, outras que ainda não foram conquistadas, por isso continuam na pauta, além das que estão entrando na pauta pela primeira vez.
Os integrantes dos CSEs tiveram a oportunidade de apresentar sugestões para a inclusão destas cláusulas e debater as pré-existentes.
O Sindicato encaminhou as propostas para a Federação, cumprindo o prazo de entrega até ontem, agora a pauta será finalizada para seguir à bancada patronal. Já foram realizadas assembleias em todos os sindicatos que compõem a FEM-CUT.
Entre as sugestões estão a ampliação das licenças maternidade para 180 dias e paternidade para 20 dias, em alguns grupos; a proposta de combate a desigualdade racial, com 13 pontos sugeridos pela Comissão de Igualdade Racial e Combate ao Racismo e o incentivo ao Emprego Apoiado.
Da Redação