Diretoria Plena debate os desafios na 1ª reunião do mandato

A primeira reunião da Diretoria Plena do Sindicato do mandato 2020-2023 foi realizada por videoconferência, no sábado, dia 1º de agosto. Pela primeira vez em formato online, devido à pandemia do novo coronavírus, o encontro reuniu integrantes dos CSEs (Comitês Sindicais de Empresa) e do CSA (Comitê Sindical dos Aposentados) que tomaram posse no dia 19 de julho.

O secretário-geral do Sindicato, Moisés Selerges, ressaltou a importância da mobilização e da unidade da classe trabalhadora para defender os direitos conquistados.

“Recepcionamos os diretores que chegam ao mandato e já assumem diante de novos desafios e de uma conjuntura difícil, tanto na questão da pandemia quanto da insegurança nos empregos e na falta de políticas públicas para a saúde e economia”, afirmou Moisés.

“Os CSEs são o Sindicato dentro das fábricas, com a capacidade e a formação necessárias para representar os trabalhadores no local de trabalho, enfrentar este momento tão adverso e responder aos anseios dos trabalhadores. O pessoal não vê o representante como um CSE, vê o Sindicato nele, com toda a força que temos juntos. E não basta o CSE representar dentro da fábrica, tem que ir além dela. O nosso objetivo é o bem estar da população e dos trabalhadores”, explicou.

O bancário e ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, fez uma análise de conjuntura sobre os impactos da Operação Lava Jato nos empregos, no desmonte do parque industrial brasileiro e na falta de desenvolvimento tecnológico no país, com os objetivos de retirar direitos dos trabalhadores e da sociedade e privatizar setores estratégicos. Também falou dos desafios do movimento sindical. 

“É um período de muita dificuldade e teremos que colocar muita energia para reverter, mais ainda do que na década de 60, quando a ditadura era declarada, agora ela vem mascarada. O nosso compromisso tem que ser de muita militância, luta e convicção política para combater o compromisso que esse governo, parte da imprensa e o empresariado têm, que não é o de fazer com que todos vivam melhor. Esses querem que a gente sobreviva, os ricos ficaram mais ricos na pandemia e quem morre são os mais pobres”, avaliou.

“Vamos ter a capacidade de atravessar o período, sempre atentos e sempre com a organização dos trabalhadores, com compromisso forte na defesa dos direitos e na construção de uma sociedade melhor para todos”, concluiu.