Diretrizes da Campanha Salarial são definidas
Primeira ação política da campanha acontece nesta quinta-feira (21), com a entrega das pautas de reivindicações na Fiesp
Foto: Raquel Camargo / SMABC
Organização no local de trabalho, melhores salários, redução da jornada e ampliação de direitos sociais resumem as principais reivindicações que irão nortear a Campanha Salarial neste ano.
Elas foram aprovadas nesta terça-feira (19), na Sede do Sindicato, durante assembléia que abriu a campanha salarial da categoria.
“O cenário econômico é bom, mas diferente do ano passado. Agora, o ritmo acelerado das importações, que embute o risco do desemprego, aparece como nova preocupação para a campanha”, afirmou o presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM) da CUT, Valmir Marques, o Biro Biro.
Por outro lado, ele lembra que graças a sua capacidade de organização e mobilização, a categoria tem conquistado bons acordos.
“Somos referência no País e nesta campanha lutaremos para avançar nos direitos sociais e manter os ganhos reais conquistados nos últimos anos”, adiantou o dirigente.
Uma novidade é que neste ano a FEM não negociará com o Sinfavea, o sindicato patronal das montadoras, mas com um grupo destas empresas formado por Mercedes-Benz, Ford, Scania, Toyota e Volkswagen.
A mudança ocorreu porque a relação da FEM com estas empresas está muito mais avançada que a das demais centrais. Muitas delas ainda discutem assuntos que os cutistas superaram há muito tempo e acabam atrasando as negociações.
A primeira ação política da campanha acontece nesta quinta-feira (21), com a entrega das pautas de reivindicações na Fiesp para os representantes das sete bancadas patronais.
Pauta dos metalúrgicos da FEM-CUT
Reposição da inflação;
Aumento real;
Valorização dos pisos;
Licença maternidade de 180 dias;
Ampliação nos direitos sociais;
Organização no local de trabalho;
40 horas semanais.
OLT entra na pauta
Biro-Biro destacou que o reconhecimento da organização no local de trabalho (OLT) é uma das principais bandeiras da campanha deste ano.
“Entre os metalúrgicos, os Comitês Sindicais começaram em 1999 no ABC e hoje já existem em Sorocaba, Taubaté e Salto. Queremos ampliá-los para toda a base porque eles respondem pelo aumento pelo crescente número de acordos e soluções de conflitos nas empresas por meio do diálogo”, relatou.
Na base da Federação, metalúrgicos em 175 empresas já possuem esse tipo de representação em caráter permanente e uma proposta de projeto de lei para a regulamentação dos CSEs no País e de estímulo à negociação coletiva será levada ao governo federal.
Da Redação