Distribuição de renda é arma do Brasil para combater crise, diz Dilma
A presidente Dilma Rousseff comentou nesta quarta-feira, em Manaus, o fato de o país ter alcançado a menor taxa de desemprego para o mês de agosto desde 2002, segundo dados divulgados pelo IBGE. Ela fez hoje o lançamento do programa Brasil Sem Miséria para o Norte, que articula ações específicas para os sete Estados da região.
“Só na Europa 44 milhões de pessoas estão desempregadas. E nos EUA, (…) se você contar as pessoas completamente sem emprego, você chega a 14 milhões. O Brasil vive um momento diferente disso. Nós estamos em um momento em que a nossa taxa de desemprego atingiu o menor nível. Foram várias iniciativas que levaram as pessoas a saírem de uma situação de miséria e pobreza extrema e chegarem numa condição de classe média”, afirmou, em referência a programas como o Bolsa Família.
A presidente ressaltou que a crise econômica dominou os debates da 66ª Assembleia Geral da ONU, realizada na última semana, e defendeu que as políticas adotadas pelo governo permitem que o Brasil fique com “a cabeça erguida e encare todos os países do mundo”.
“Nós somos um dos países que fazem uma das políticas de distribuição de renda mais efetivas no mundo. Não só entre os países emergentes, como China, Rússia e Índia, mas também quando você vê a situação de concentração de renda em países ricos”, declarou. “É isso que faz com que este país, que quando cresce, quando investe, quando consome, quando faz política social, não seja presa fácil da crise internacional. Nós temos força para enfrentar essa crise”, defendeu Dilma, lembrando que ao retirar 16 milhões de brasileiros da pobreza extrema (meta do Brasil sem Miséria), o mercado consumidor interno será fortalecido.
Do Valor Econômico