Ditadura se fecha ainda mais e começam anos de chumbo


Artistas e estudantes protestam contra a censura baixada no AI-5

As primeiras ações da “esquerda armada” tiveram sucesso espetacular e atraíram grande número de militantes, a maior parte vinda do movimento estudantil – setor que liderava a luta contra a ditadura na época, mobilizando a população em passeatas com dezenas de milhares de participantes.

No segundo semestre de 1968, contudo, o protesto estudantil passa a ser fortemente reprimido e reflui. Em dezembro daquele ano a situação piora.

Os militares decretam o ato institucional nº 5 (AI-5) e iniciam a mais feroz ditadura que o País já conheceu. As operações policias se militarizam e cortam o contato da luta armada com a população.

Segue-se uma brutal repressão à toda oposição brasileira, sendo ainda mais intensa sobre o movimento armado.

As prisões e sequestros se sucediam. A tortura passa a ser política de Estado. Cresce o número de “desaparecidos”.

Militantes dos grupos armados que caiam nas mãos da repressão dificilmente continuavam vivos. Quem escapava para o exterior e tentava voltar era friamente assassinado.

O isolamento e a repressão aos poucos levam ao fim as ações armadas. Em meados de 1970, quem havia escapado do extermínio físico estava preso ou vivia fora do Brasil.